Após uma manhã com acalorados debates, o plenário da Câmara Municipal derrubou, por unanimidade, um requerimento apresentado na Casa pelo vereador policial federal Suender (PSL), que propunha uma reavaliação do valor do contrato de aluguel do prédio onde o Poder Legislativo está instalado.
O requerimento do parlamentar também pedia que fosse feita uma gestão por parte da Mesa Diretora, junto ao Governo do Estado, para ceder em comodato as instalações do Centro de Convenções, até que a Câmara Municipal tenha a sua sede própria.
Ações polêmicas
O autor do projeto, apesar do pouco tempo de exercício de mandato, já protagonizou algumas situações polêmicas. Logo no início do ano, no dia da posse, ele colocou seu nome para disputar a presidência da Mesa Diretora, mesmo sem ter formado uma chapa. Na eleição, ele teve apenas o próprio voto e votou nos demais cargos da chapa liderada pelo seu concorrente, o vereador Leandro Ribeiro (PP), que foi eleito pela maioria dos seus pares (22 votos, incluindo o próprio).
Depois o parlamentar publicou nas redes sociais que estaria abrindo mão do salário de Vereador. Entretanto, ele apenas fez a opção- conforme é dada a prerrogativa legal- pelo salário de policial federal, que é maior do que aquele que receberia da Câmara e, mais recentemente, usou as redes sociais novamente para anunciar que não aceitaria utilizar duas linhas de telefonia móvel que teria direito e deu a entender que seu gesto traria uma economia anual de R$ 60 mil. O presidente Leandro Ribeiro, na época, apresentou um esclarecimento de que a economia seria de R$ 1.920,00 por ano com cada vereador. Dessa forma, o gasto com os 23 vereadores não chegaria ao valor citado pelo colega, o vereador policial federal Suender.
Requerimento
Nesta quarta-feira, 10/02, o parlamentar entrou com o requerimento pedindo a revisão do contrato de aluguem e a gestão para o uso do Centro de Convenções. De acordo com o próprio autor, não foi identificada irregularidade no contrato, mas, segundo ele, “a população não aceita pagar R$ 12 milhões em 10 anos”, com o referido contrato.
O vereador Delcimar Fortunato (Avante), disse, durante o debate, que as atitudes do vereador Suender tentam “jogar a população contra essa Casa” e que o mesmo estaria fazendo “politicagem” com a questão do contrato.
O vereador Divininho do Sindicato (Solidariedade), disse: “quem grita muito é galinha” e completou afirmando que também optou pelo não uso dos telefones funcionais, mas nem por isso colocou nas redes sociais.
Embate
O vereador Jakson Charles (PSB), líder do Executivo, que costuma ter posições mais contundentes nos debates, chegou a fazer um discurso mais conciliador no começo de sua fala, dizendo sobre a prerrogativa legal de o vereador Suender apresentar o requerimento e, até, chegou a apresentar um destaque para que a proposta fosse encaminhada para análise na Comissão de Constituição e Justiça. Mas, pouco depois, ele retirou o destaque e disparou: “vamos para o embate”.
Vários outros vereadores também deixaram posicionamentos contrários à proposta, entre eles: João da Luz (DEM), Fred Caixeta (Avante), Hélio Araújo (PL), Jean Carlos (DEM), Marcos Carvalho (PT). Este último, reclamou: “Se é para economizar, poderíamos começar pelo tempo que estamos aqui discutindo”.
Colocado em votação, o requerimento teve apenas o voto favorável do autor.
Ministério Público
Anteriormente, o Ministério Público já havia se manifestado nesta questão. Após ouvir as partes envolvidas e fazer levantamentos periciais em relação ao valor de mercado do imóvel, o MP decidiu pelo arquivamento do procedimento de investigação, por não haver encontrado irregularidade no ato.
Hoje, a Câmara Municipal está parcialmente instalada no prédio alugado, localizado na Avenida Jamel Cecílio, no Bairro Jundiaí. Apenas as atividades de plenário ainda acontecem em um dos anexos localizado ao lado do Palácio Santana, na Praça 31 de Julho, onde está o “esqueleto” do prédio que deveria abrigar o Poder Legislativo, cuja obra foi abandonada e está em demanda judicial.
Vereador serve pra que ?!
Mudar nome de rua; fazer monções de aplauso;conceder título de cidadania….
Inútil, a gente somos inúteis!
“Vereador serve para fiscalizar as contas públicas e prestar conta a população”.
Até hoje não vi um vereador de Anápolis prestar conta a população sobre as prestações de contas das secretarias e Município
Pior é saber que estamos pagando esse aluguel por uma incompetência e morosidade sabe-se lá de quantas instituições. Será que alguém vai ressarcir esse prejuízo? Nosso dinheiro é tratado com muita irresponsabilidade por esses políticos demagogos.
Um gasto de 80 mil reais mensais do erário publico e a grande maioria dos vereadores não se preocupam com esse gasto exorbitante? Muito obrigado Portal Contexto por me dizer que o vereador Policial Federal Suender foi o único que se posicionou contra este absurdo que estão fazendo com a sociedade.