A vereadora Gina Tronconi (PPS) trouxe para o debate, na Câmara Municipal, uma discussão que, segundo ela, no mínimo, deve ser analisada com maior profundidade não só em Anápolis, mas em Goiás e no País. Trata-se da questão de repasses de recursos para organizações não governamentais, as chamadas ONGs. Como exemplo, ela citou o caso de uma entidade denominada Centro Brasileiro de Protagonismo Juvenil (CBPJ) que, conforme levantou junto ao Portal da Transparência, obteve, no final do ano passado, um repasse de quase R$ 1,7 milhão do Governo Federal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos do Paraná.
A vereadora soube que a entidade tinha sua sede na cidade, no Bairro Santa Izabel, e de posse dessa informação, solicitou a uma pessoa de sua confiança, que fosse averiguar o tipo de trabalho que a instituição desenvolve com crianças e adolescente na área cultural, para saber como esse trabalho estaria sendo feito em benefício desse público, no município, ou, que poderia vir a ser feito.
A informação que a vereadora diz ter recebido, da pessoa que foi até à sede da ONG, é que, no seu endereço está uma residência e que, ao lado dessa residência, mora o presidente, que teria informado que a ONG não estaria desenvolvendo, naquela data, nenhum projeto em Anápolis, mas teria projetos em outros estados. O homem entregou um cartão de visitas, o qual contém o nome da instituição e também uma logomarca da Universidade Estadual de Goiás. No entanto, a vereadora diz não ter elementos para saber se há alguma relação da CBPJ com a UEG.
Gina Tronconi salientou que os dados apresentados não têm caráter de denúncia, pois pretende averiguar o caso de forma mais ampla. No entanto, disse ter estranhado uma entidade sediada no Município receber uma quantia tão relevante e não desenvolver algum projeto, enquanto há várias outras instituições que promovem ações na cidade e estão carentes de recursos. A vereadora, em princípio, não pensa ainda em acionar o Ministério Público. Primeiro, ela quer levantar a situação com o presidente da ONG e saber, realmente, como a mesma funciona e a sua atuação na cidade. “Estou alertando sobre essa questão de repasses para as ONGs e, digo de passagem, não sou contra essas organizações”, pontuou.
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