Presidente estadual do PSD articula nome de Henrique Meirelles ao Senado por Goiás
O presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD), Vilmar Rocha, esteve em Anápolis na última quarta-feira, 02/02, se encontrou com lideranças da legenda e de outros partidos e concedeu entrevistas à imprensa. Ex-deputado estadual e federal e ex-secretário em diferentes pastas no Governo de Goiás, Vilmar Rocha, hoje, trabalha também junto ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, visando fortalecer o partido, em especial, para as eleições gerais de 2022.
Em Goiás, o PSD articula o nome do ex-ministro e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para disputar a única vaga ao Senado Federal no pleito deste ano. A intenção, é que Meirelles esteja na chapa majoritária que deve ser encabeçada pelo Governador Ronaldo Caiado (DEM), que disputa a reeleição.
Atualmente exercendo o cargo de secretário de finanças no Governo João Dória, em São Paulo, Meirelles deve retornar a Goiás no mês de março, após se desincompatibilizar. Vilmar Rocha, que é um dos principais interlocutores de Meirelles no Estado, recomendou que a primeira agenda oficial dele, após esse retorno, seja em Anápolis. Conforme assinalou Vilmar Rocha essa agenda em Anápolis teria um simbolismo importante, porque trata-se na terra natal de Meirelles e, também, pela importância econômica e política do Município.
Construtora que fazia obra na Base Aérea recebe condenação
Entretanto, caso não se viabilize a candidatura de Meirelles na majoritária de Caiado, o PSD deve decidir a questão de alianças a partir do mês de abril. De qualquer forma, Vilmar Rocha assinalou ser difícil, por exemplo, que haja uma aliança com o projeto do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que busca se aproximar do PL e do presidente Jair Bolsonaro. “E nós queremos distância”, frisou. Para Rocha, é “bom para o Brasil fugir dessa polarização”, fazendo referência a um eventual embate Bolsonaro-Lula. Na sua avaliação, o próximo governo terá de formar uma base mais sólida no Congresso nacional e, para isso, “é preciso ter projeto e capacidade de diálogo”.
Presidência da República
O PSD, segundo o presidente regional, tem opção de lançar uma candidatura própria à Presidência da República. E o nome seria o do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Vilmar Rocha afirmou que Pacheco é advogado, é jovem, já foi deputado, é senador e presidente da Casa e tem, portanto, qualificação para disputar a Presidência da República. Segundo ele, falta, apenas, coragem. “Falei isso para ele (Rodrigo Pacheco) num evento em São Paulo”. E, na época, até citou trecho de uma conhecida composição brasileira: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer (Pra Não Dizer Que não Falei de Flores – Geraldo Vandré)”. Pessoalmente, Vilmar Rocha destaca que não tem nenhum projeto político para 2022 e que a sua missão é trabalhar junto ao Partido para que o mesmo possa crescer no Congresso Nacional, com as respectivas bancadas de deputado e senador.
Marconi
Em uma das entrevistas que concedeu, o presidente regional do PSD foi questionado sobre a sua ligação com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), com o qual trabalhou no Governo de Goiás.
“Continuo próximo e não tenho nada a reclamar dele (Marconi Perillo)”, disse, acrescentando que o chamado Tempo Novo, mote das administrações do tucano “é muito importante para a sociedade e com o tempo será avaliado”. Para Vilmar Rocha, a gestão de Marconi Perillo enfrentou dificuldades e desgastes no final. “Mas, o legado é importante e positivo para o Estado”, reforçou.