Parece estranho colocar lado a lado essas duas frases: violência e paz. Entretanto, no contexto do que ocorreu no Rio de Janeiro, na megaoperação contra uma facção criminosa que digladiavam para expandir seus domínios, essas frases se complementam de alguma forma.
Vander Lúcio Barbosa
Isso porque, o fato extremo que chocou o país e o cenário de guerra instalado nos complexos do Alemão e da Penha, onde a maioria das duas comunidades é de pessoas do bem, mostra que a violência deve ceder espaço à paz.
Em outras palavras, o bem deve vencer o mal. Mas isso não vai acontecer se um lado está organizado e o outro está em desarmonia, dando vazão mais ao problema político do que ao problema maior em si, que é traçar um caminho para combater de forma mais inteligente e efetiva a criminalidade.
A guerra do Rio coloca de forma evidente que os políticos precisam deixar o discurso e avançar para discussões pragmáticas, no sentido de estabelecer marcos para uma segurança pública integrada, eficiente e que esteja sintoniza ao clamor da sociedade, que está sufocada com essa violência e quer paz.
Seria uma utopia acabar de vez com a violência, pois, infelizmente, ela é uma condição inerente a muitas pessoas, por diversas razões.
Mas o Brasil pode (e deve), combater o bom combate para ter uma segurança pública que dê mais respostas à sociedade, não apenas com discursos e projetos bonitos no papel, mas que não aderem à realidade.
De momento, infelizmente, em meio a uma tragédia como essa, são os discursos políticos que estão permeando uma questão que deveria ser avaliada e debatida num plano superior.
Não duvidem que, quando a poeira abaixar, as facções logo vão retomar suas “batalhas territoriais” e nessa briga, sem união, o Estado perde força e deixa de cumprir o seu papel.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.



