Comando do Exército no Porto Seco
Duas equipes do Exército estiveram no Porto Seco nos últimos dias, a primeira para uma troca de experiência na área de logística e movimentação de cargas e, a segunda, para uma inspeção para a entrega de um Certificado de Registro (CR), um documento que credencia a Estação Aduaneira a operar com produtos perigosos, controlados pelo Exército Brasileiro. Com a entrega do CR, o Porto Seco já irá fazer o primeiro transbordo de uma carga de nitrato de amônia, produto que será utilizado em minas de minérios, no Estado do Pará.
Transportada em contêineres pela Ferrovia Centro Atlântica, a carga sairá do parque industrial de Cubatão, em São Paulo, com destino a Parauapebas, no Sudeste do Pará, o segundo município mais rico do Estado, onde está a maior província mineral do Planeta, a Serra dos Carajás. O transbordo da carga será feito no Porto Seco, de onde segue em caminhão para o Pará.
Edson Tavares, superintendente do Porto Seco, revelou que o Certificado de Registro, emitido pelo Exército vai possibilitar ao Porto Seco o transbordo de mais de 60 mil toneladas de produtos perigosos por ano,a maior parte utilizados na extração de minérios. Em médio prazo, disse que a carga vai agregar outros produtos que também serão desembaraçados no Porto Seco, como munições, armamentos, dentre outros, também controlados pelo Exército.
O superintendente acredita que o credenciamento do Exército abre boas perspectivas de cargas para a Ferrovia Norte Sul, especialmente as que são transportadas em contêineres. Segundo ele de custos mais baixos, esse tipo de transporte é também o mais rápido.
Pesquisa aponta crise em bares e restaurantes
A contensão de gastos que a crise financeira está impondo à maioria das pessoas está provocando uma visível redução do movimento em bares e restaurantes, em Anápolis e na maioria das cidades brasileiras. Um recente levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que a crise pode fechar mais de 150 restaurantes no País, por causa do afastamento das pessoas, que deixaram de frequentá-los depois que este gasto passou a pesar no bolso.
Em Anápolis, alguns estabelecimentos conhecidos no Bairro Jundiaí e na região central deixaram de funcionar ou se mudaram de endereço, em alguns casos, fugindo aos altos aluguéis. Seja qual for o motivo, há, sim, sinais evidentes de que a crise se instalou também neste segmento. Claro há, também, exceções. Mas, o levantamento da Abrasel mostra que um em cada seis empresários do setor avalia dar fim ao negócio ou repassar o ponto nos próximos meses.
Problema já chegou a Anápolis
Além da queda no faturamento, o prejuízo acumulado pelas empresas diante do aumento de seus custos são os principais motivos da crise que este segmento vem enfrentando. Pedindo para não serem identificados, empresários anapolinos revelam que o levantamento da Abrasel reflete a verdadeira situação que o setor está enfrentando, admitindo, inclusive, fechar o negócio ou repassar o ponto.
Estes mesmos empresários reconhecem que os números colhidos pela Abrasel são realmente assustadores, mas de uma realidade incontestável, com reflexos dramáticos que vão desde impactos negativos na economia e considerável aumento no número de trabalhadores desempregados.
Queda no varejo
Falando em crise, as vendas no comércio varejista tiveram no primeiro trimestre do ano o seu pior desempenho desde 2001, com uma retração acumulada no ano de 7% em relação ao mesmo período de 2015 e de 5,8% em doze meses. Dados recentes divulgados pelo IBGE mostram quedas em todos os segmentos do comércio varejista, com recuo maior no setor de supermercados, que enfrenta também impacto negativo com o aumento nos preços dos alimentos e de material de higiene e limpeza, que vêm subindo, segundo o Instituto, em índices acima da inflação.
Em relação ao mês anterior, em março as vendas caíram 0,9%, índice que chegou a 1,7% nos supermercados. Houve queda também nas vendas do setor de móveis e eletrodomésticos e ainda no de combustíveis.
Dia das Mães foi bom
Os lojistas da cidade ficaram satisfeitos com o desempenho das vendas na semana do Dia das Mães. Um levantamento do SPC da CDL de Anápolis aponta que entre os dias 2 a 8 de maio, as vendas aumentaram 7,5%. No comparativo com o mesmo período de 2015, o crescimento foi ainda maior, de 10,62%.
´Nossa expectativa foi confirmada´, comemora o presidente da CDL, Wilmar de Carvalho lembrando que ele havia previsto um crescimento de vendas de até 8%. Outros indicadores levantados pelo SPC, no entanto, mostram que os cancelamentos caíram muito, 78,25%, em relação a 2015 e também os registros de maus pagadores, um dado positivo para o comércio, despencaram 77,76% na semana do Dia das Mães.
Estados aumentam gastos com pessoal
Contrariando os efeitos da crise, os estados continuam gastando muito com o pagamento de pessoal, alguns deles já ultrapassando o limite inferior a 60% de suas receitas líquidas correntes. Esta semana, o Ministério da Fazenda divulgou um relatório mostrando que os estados de Goiás, Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul já estão com seus gastos com pessoal acima do limite permitido, com percentuais que variam de 75% a 65%.
Os dados abarcam o período de 2009 a 2015 e destacam que as despesas com pessoal cresceram em ritmo mais intenso que a arrecadação tributária. Como exemplo, cita os anos de 2014 e 2015, quando a arrecadação cresceu 6% e 7%, respectivamente, mas o gasto com pessoal aumentou 19 e 12%.
Endividados chegam a 60 milhões
Mais de 500 mil novos consumidores entraram para a lista negra de devedores e negativados do Serviço de Proteção ao Crédito, somente em abril. O número fez se aproximar de 60 milhões a quantidade de brasileiros que acumulam dívidas e que, em muitos casos, têm dificuldade de pagar até contas básicas como água e luz.
Os dados são do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) que revelam que o contingente de inadimplentes em todo o Brasil já supera a 59,2 milhões, o que significa que de cada dez adultos, quatro estão com dívidas acumuladas. O SPC Brasil e a CNDL revelam que 39,0% da população com idade entre 18 e 95 anos estão com prestações em atraso e o CPF sujo. As duas entidades afirmam que situação ocorre em todo o País e que as dívidas com água e luz são as que mais crescem, mas que pendências bancarias como atraso no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguro respondem pela maior parte dos compromissos atrasados.