Dez meses
A dez meses das eleições de 2010, Anápolis continua numa encruzilhada política. Até agora (muitos dizem que é cedo) não se tem notícia de coisas mais consistentes em termos de candidaturas. Exceto os chamados “candidatos naturais”, que não seriam tão naturais assim, pouca coisa se resolveu sobre se apontarem nomes. Não que os que surgiram, até o momento, sejam desqualificados. Acontece que a população quer saber se nos últimos anos surgiu alguma novidade política, ou vai ter de, mais uma vez, escolher entre os que já foram testados, inúmeras vezes, nas urnas. Sem contar a nefasta presença dos aproveitadores, políticos de outras regiões que, toda eleição, vêm garimpar votos em Anápolis.
Todavia, de uma coisa a população anapolina não pode fugir: indicar nomes para a Câmara Federal, ou para a Assembleia Legislativa. É certo que teríamos nomes para o Senado Federal, a Vice-Governadoria e, até, a Governadoria do Estado. Infelizmente esses nomes não foram preparados a tempo, ou não se interessaram pela disputa. Muito ruim, pois quando os bons se omitem, os maus se aproveitam. É assim na política, é assim na vida. Há casos de anapolinos ilustres que poderiam (e deveriam) colocar seus nomes à apreciação do eleitorado. Gente que venceu no mundo empresarial, como profissional liberal, como liderança comunitária, mas que nunca experimentou a política. Esses homens (e mulheres) fazem falta para que Anápolis volte a se impor como força política em Goiás.
Plano B
Pode até ser que não, mas, se por algum motivo, o Prefeito de Goiânia, Íris Rezende Machado não puder concorrer ao Governo de Goiás, no ano que vem, o “plano b” do PMDB atende pelo nome de Thiago Peixoto. Que vem a ser deputado estadual, filho de Flávio Peixoto, um dos mais íntimos correligionários de Íris. É aguardar para ver…
Não é I
“Esta semana estive com o doutor Henrique Meirelles, no Banco Central, e ele me assegurou que não será candidato ao Governo de Goiás no ano que vem”. Foi o que disse, em entrevista à Rádio Imprensa, na semana passada, o senador Marconi Perillo (PSDB). Então, se for verdade mesmo, menos um no caminho de Rubens Otoni (PT) que tem a mesma aspiração.
Não é II
E, se esta notícia for boa para Rubens Otoni, imagine para o próprio Marconi Perillo, outro que não esconde o desejo de retornar ao Palácio das Esmeraldas. Sem Meirelles no caminho, dizem, fica bem mais fácil (e mais barato) concorrer.
Tudo bem
Em meio a alguns copos de vinho de primeira qualidade, foi selada a paz entre o casal Adhemar/Onaide Santillo e o vereador Wesley Silva (PMDB). Ficou assim: Wesley não se candidataria a deputado estadual em 2010, apoiando Onaide que quer voltar à Assembleia Legislativa. Em contrapartida, em 2012, Onaide apoiaria Wesley para prefeito de Anápolis. O encontro serviu, também, para Adhemar e Onaide conhecerem a nova (e confortável) casa de Wesley.
Descompasso
Algumas prefeituras brasileiras estão usando e abusando da prerrogativa de contratar obras sem licitação. Certas obras até que são emergenciais. Outras nem tanto. Caso, por exemplo, de investimentos em aparelhos de lazer.
Perigo
Dias atrás, uma importante figura do mundo sócio/político e econômico de Anápolis foi “convidada” a ir a uma delegacia de polícia, devidamente acompanhada do oficial de justiça. Motivo: pensão alimentícia atrasada.
Cultura
Repousa sobre a mesa do Prefeito Antônio Gomide (PT), a maquete do novo centro cultural a ser montado na Praça “Americano do Brasil”. É que a Biblioteca Municipal. “Zéca Batista” vai voltar para sua antiga sede. O prédio será desocupado pela Secretaria Municipal de Saúde, transferida para um edifício em frente ao Centro Administrativo. E, junto à Biblioteca, se implantarão outros aparelhos culturais, sem contar que o edifício sofrerá total remodelação, com a entrada passando a ser feita pela Praça.
Ouvidoria
Castro Alves Ribeiro, radialista e jornalista, é o novo Ouvidor Geral da Prefeitura. Ele ocupa o posto que era de Leordino Lopes de Carvalho. Este, foi transferido para a Controladoria Municipal.
Bafômetro
Dizem que se a Lei Seca for aplicada em um importante órgão público de Anápolis, vai ser o maio reboliço. É que, alguns membros do citado órgão estariam exagerando no consumo de etanol. Pode até ser intriga, mas, pelo sim, pelo não, é melhor a turma maneirar.
Socorro
E, é bom lembrar que, se for necessário, a cidade agora tem um considerável número de bafômetros. A PM comprou dez, a Polícia Rodoviária Federal tem alguns e, até, a CMTT dispõe do referido equipamento.
O plano
Servidores públicos municipais vão ter de esperar, no mínimo, até fevereiro para verem aplicado o plano de cargos e salários. Afirmação do próprio Prefeito Antônio Gomide. Segundo ele, o projeto é complexo e exige a avaliação caso por caso.
Lavoura
Programa que deu certo na Administração Pedro Sahium, com o apoio do Governo do Estado, volta a ser desenvolvido pela Prefeitura de Anápolis. Trata-se do “Lavoura Comunitária”, que envolve famílias em torno do plantio de arroz. A produção, ao final, é distribuída entre os participantes, com uma porcentagem destinada, também, a instituições filantrópicas.
Daltonismo
Houve quem estranhasse a fonte luminosa, reinaugurada recentemente, na Praça Bom Jesus, não haver sido pintada com o vermelhão que tomou conta da cidade ultimamente.
Intocáveis?
Alguns políticos de Anápolis se julgam intocáveis e não estão preparados para a crítica. Por qualquer motivo, acionam o tal de “pedir cabeça de jornalista”. Coisa mais feia. O Presidente Lula, seguramente o político mais criticado pela imprensa no Brasil, tira isso de letra. Poderia servir de exemplo para os melindrosos e as melindrosas da política anapolina. Ou não?
Procon
O combate à propaganda enganosa, um dos trunfos do Procon, em nível nacional, bem que poderia ser aplicado em alguns órgãos públicos. Quem vê, ouve e assiste a determinadas peças publicitárias, pensa estar na Suíça, ou na Dinamarca. Que coisa…
Explica
O Governo do Estado vai ter muitas dificuldades para explicar ao povo de Anápolis porque não elaborou, em tempo hábil, os documentos necessários para a licitação das obras do Aeroporto de Cargas. E, mais ainda, para justificar a perda do entreposto da Zona Franca de Manaus para Uberlândia. Ou não?