Pensamento:
“Não há progresso sem mudança. E, quem não consegue mudar a si mesmo, acaba por não mudar coisa alguma”. (George Bernard Shaw)
Tabuleiro
A definição de candidaturas majoritárias, conforme ensina a história polícia no Brasil, não se faz de véspera. Os exemplos são muitos, quer seja no plano federal, no plano regional e, até, no plano municipal. Em Goiás, por exemplo, e, mais especificamente nas últimas décadas, isto ficou mais do que evidenciado. Quem não se lembra da candidatura de Marconi Perillo em 1998, concebida “em cima da hora”, quando todo mundo temia enfrentar o todo-poderoso Íris Resende, tido como virtualmente eleito, o que motivou, inclusive, o afastamento de Roberto Balestra da disputa. Ninguém pensava em Marconi que, por sinal, venceu a eleição. Para ficar só neste exemplo, que se aplica, certamente, em todos os partidos e em todas as coligações.
Agora, estão sendo dados como definidos, determinados nomes para a disputa do Governo Estadual. Como se houvesse um campeonato, com os times escolhidos, aguardando-se, somente, o início da temporada. Mas, efetivamente, em política não é assim. Em muitos casos, candidatos surgem do meio do nada, atropelam o processo e acabam por ser os indicados. Se ganham a eleição, ou não, é outra história. Falar que o candidato do PMDB será Íris Resende, a um ano e cinco meses das eleições é meio temerário. Dizer que Rubens Otoni será o nome do PT e que Henrique Meirelles vai ser candidato do PP, são outras vertentes próprias da especulação política.
Por enquanto, são candidatos da mídia, são candidatos preferidos destes ou daqueles setores que, com certeza, têm algum interesse. A prudência, entretanto, ensina que, em política, um ano é meio é uma eternidade. Muito embora haja quem diga ser necessária a discussão antecipada e precoce. Alegam estes, que quanto mais se discute, mais se filtra. Porém, fala-se, por outro lado, que quem conversa muito, erra muito. Ou no anedotário popular: “quem fala demais dá bom dia a cavalo”.
Boas novas
O Presidente do Instituto da Seguridade Social dos Servidores Públicos de Anápolis (ISSA), engenheiro Dido Gonzaga Jaime, disse que a prioridade, agora que os salários estão rigorosamente em dia, será pagar os meses de salários atrasados de 1996 e 2000 (administrações Wolney Martins e Adhemar Santillo) para quem ainda não recebeu.
Doril
O deputado estadual Frei Valdair (PTB) sumiu de Anápolis. As últimas informações dão conta de que ele estaria transferindo sua base eleitoral para a cidade de Jaraguá, onde já tem o projeto de uma emissora de rádio.
PAC da mídia
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) existe mais na mídia e no inconsciente das pessoas. Levantamentos feitos recentemente apontam que, até agora, só foram aplicados 3,5 por cento do total previsto. E o Governo Lula termina ano que vem.
Procura-se
Alguém saberia informar o que foi feito da Comissão Especial de Investigação que fez o maior alarde na imprensa acusando desvio de dinheiro da antiga fundação “Jamel Cecílio”, hoje Anas. Alguns vereadores, na pressa de agradarem a atual administração, jogaram lama em muita gente honrada e, agora, se recolheram à sua insignificância, como se nada tivesse acontecido. E ainda tem eleitor que vota nessa gente.
Urbanismo
A Saneago está, efetivamente, promovendo a urbanização da área circundante da Estação de Tratamento no Jardim das Américas I Etapa. Pena que a Prefeitura, de forma insensível, não faça o mesmo e, pelo menos, promova a limpeza da Praça “Bernardo Sayão”, em frente.
Silêncio
Nada mais se falou a respeito do mini-presídio que seria construído em Anápolis. Passada a fase das entrevistas e da politicagem, ao que consta, o assuntou voltou ao esquecimento. Como das outras vezes, certamente. Nem da construção de uma tal “ala feminina” na Cadeia Pública se falou mais.
Exemplo
Na semana passada a Igreja Assembléia de Deus – Madureira promoveu um evento no Feirão Coberto da Vila Alexandrina. E como o local não contava com boa iluminação, a igreja instalou, ali, cerca de 40 luminárias. Findo o evento, os dirigentes decidiram deixar as lâmpadas como presente para a comunidade do bairro. Em tempo: a igreja está realizando a campanha do agasalho-2009 e vai distribuir milhares de roupas e cobertores para famílias pobres da cidade.
Lavouras
Projeto que deu certo em Anápolis por alguns anos, o “lavoura comunitária” que beneficiava a milhares de famílias, acabou por ser desativado. Ou, pelo menos não se toca nesse assunto na Prefeitura. Em outros municípios ele funciona, e funciona bem.
Sanitários
Cidade com mais de 350 mil habitantes, Anápolis não tem sanitários públicos na região central. Pessoas, incluindo idosos, senhoras gestantes, crianças e gente enferma em geral que, às vezes, vêm de bairros distantes resolverem assuntos no centro, não têm esse tipo de atendimento. Insensibilidade pura dos administradores. E lembrar que em cidades da Europa e dos Estados Unidos, tal serviço e previsto em lei.
Indefinição
O deputado federal Pedro Wilson, do PT, disse que ainda é cedo para se falar em candidatura do partido ao governo, embora concorde que o nome mais evidente seja, mesmo, o do seu companheiro de bancada Rubens Otoni. Mas, diz que o PT pode ter outras propostas, como apoiar um candidato que venha agregar na candidatura a presidente da República indicada pelo Presidente Lula. Ele cita, dentre outras possibilidades, o apoio a Íris Resende ou a Henrique Meirelles. Tudo vai depender do andamento do processo.
Ferrovia
Problemas relacionados à fiscalização do Tribunal de Contas da União, poderiam determinar, até, a paralisação das obras da Ferrovia Norte Sul. O que, para Goiás e, muito especialmente, para Anápolis, seria um desastre. A Valec, empresa responsável pela obra descarta esta possibilidade.
Saindo?
Comenta-se, muito reservadamente, que já haveria entre os auxiliares do Prefeito Antônio Gomide, gente disposta a abrir espaço para outros colaboradores. Ou seja: dar por encerrada a missão no atual governo e partir em busca de outros desafios.
Tucanos
O alto tucanato de Goiás, sob o comando de Marconi Perillo, vai investir pesado em Anápolis para as próximas eleições. O objetivo é fazer da região de influência do município uma forte base de apoio em busca da Governadoria do Estado. Para tanto, algumas alianças já estão sendo ensaiadas.
Ocupações
As ocupações urbanas, nome chique das antigas invasões, não se resumem à periferia das cidades. Pela região central, inclusive de Anápolis, elas são mais visíveis do que se possa imaginar. Mas, cadê o tutano para enfrentar isso? É melhor combater os pobres.