“E agora, José? A festa acabou; a luz apagou; o povo sumiu; a noite esfriou; e agora, José?; E agora, você?; você que é sem nome; que zomba dos outro; você que faz verso; que ama protesta; e agora, José? …(Trecho do poema “JOSÉ”, do poeta maior Carlos Drumont de Andrade).
Criado por FHC, em 1.999, o programa FIES-Fundo de Financiamento Estudantil que visa financiar a graduação na educação superior de estudantes em Universidades Particulares, com juros de 6,5% ao ano, ou quase nada, praticamente sem juros, apenas corrigindo parte da inflação anual, sofreu influências populistas em 2010, quando o Governo baixou a taxa de juros para 3,4% ao ano, com carência de 18 meses após a formatura e prazo de, até 3 vezes a duração do curso. Exemplo: 4 anos de curso, 12 anos para pagar. Uma festa programada para acabar num dia real. Acabou. E agora José?…
Dados mostram que em 2014, 26% dos estudantes brasileiros, matriculados Universidades Particulares, tinham o financiamento do FIES. Isso significou uma despesa – na realidade o melhor investimento que um governo pode fazer pelo futuro de uma nação – de R$ 13,7 bilhões por parte do governo. Para entender bem é bom saber que 74% das vagas do ensino superior são ofertadas por instituições particulares, ou seja, o Governo Federal praticamente não tem investido em novas universidades.
Com inflação projetada para 8% em 2015, e tendência crescente, o populismo quer, agora, ir para a realidade e muda a regra do jogo em pleno processo: antes sem nenhuma exigência – populismo – agora, em 2.015, o Governo Federal muda os critérios para conceder o financiamento aos estudantes, passando, entre outras coisas, a exigir pontuação de 450 pontos no ENEN, limitando números de vagas para regiões do país, entre outros, e, o pior, limitou o reajuste das universidades ao índice inflacionário, ou 6.5% em 2015 (inflação de 2014).
Afinal, o dinheiro acabou. Acabou ou foi acabado? E agora, José? E, agora, você que é sem nome? Você, que um dia sonhou com sua família chegar lá?
Possivelmente, muitos Josés da vida, sem poder renovar o contrato junto ao FIES, inclusive você, “JOSÉ”, correm o risco de abandonar os estudos, desistindo dos seus sonhos. Uma lástima para este povo sofrido que paga imposto demais, para reembolso de menos! Porém, sem dinheiro em caixa, o Governo deixa de investir no futuro da nação e do país, dificultando de toda maneira o acesso a este empréstimo, em nome de ajuste fiscal. Tudo bem, que se faça o que preciso seja para recolocar o país nos trilhos novamente. Mas, que não se faça cortes no que é essencial para um futuro melhor ao Brasil!
E agora, JOSÉ?
Tarifaço e Bolsonaro e a pré-campanha de Caiado nas redes sociais
Deu muito o que falar o tarifaço do presidente Donald Trump, acompanhado do apoio ao ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Nas...