Samuel Vieira
É… quem diria. A felicidade tem sido algo tão escasso, a insatisfação, estresse e descontentamento tão presentes, que recentemente uma nova função corporativa começou a se destacar em grandes empresas. Trata-se do “Diretor de felicidade”. Alguém responsável exclusivamente por cuidar da felicidade no ambiente de trabalho.
A lógica é a seguinte: funcionários mais felizes são mais saudáveis, e desta forma, tornam-se mais produtivos e engajados, afetando diretamente seu desempenho. Portanto, a felicidade se torna uma estratégia de gestão e existem cursos sendo dados para formar estes promotores da alegria. A “Chief Happiness Officer” é uma empresa de consultoria em RH já presente no mercado.
Empresas estão preocupadas cada vez mais em gerar bem estar aos seus funcionários nos ambientes corporativos. Uma empresa mau humorada, com funcionários insatisfeitos, perde a capacidade de competitividade e produção. As pessoas não apenas querem um trabalho, mas buscam ambientes onde possam se realizar e crescer, e encontrem satisfação no que fazem. A época dos “tempos modernos” de Chaplin, na qual o funcionário tem apenas a função de apertar um parafuso, já é coisa do passado.
É necessário promover adaptações para atender essa demanda de bem estar. Para isto a empresa terá que rever sua cultura e propósito, engajar os liderados, fazer com que a pessoa possa ser mais feliz e assim lide melhor com os produtos e clientes, sejam melhores lideres e aumentem o faturamento da empresa. É necessário planejar e implantar novas ações para que os colaboradores sejam mais satisfeitos em estar na empresa. O lema é: “você não precisa de sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso”.
Funcionários precisam se sentir conectados, motivados e desafiados, como parte de um projeto que traz sentido e propósito.
A pergunta que fica é se é possível “produzir felicidade”. Certamente não! Felicidade é algo interior, é um estado de espírito. Tem a ver com temperamento, humor, estilo de vida. Pessoas mal resolvidas, mau humoradas e tristes sempre existirão. Acima de tudo, felicidade é algo que vem de dentro. É necessário que algo de Deus aconteça em nós. Felicidade não é um produto de mercado, nem vem em comprimidos, nem será encontrado em ambientes corporativos.
Muito do nosso vazio, solidão e tristeza, só Deus pode resolver. Precisamos de algo sobrenatural. A Bíblia fala de algo especial que é a “Alegria do Senhor”, produzida pelo Espírito Santo. Feito estas ressalvas, concluo dizendo que isto não invalida o esforço corporativo de fazer com que uma empresa mau humorada, se transforme num bom ambiente de trabalho, que atraia competentes e eficientes colaboradores e aumente assim a sua produtividade.
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