Ao cidadão menor, Francês, não foi concedido o privilegio de receber educação de qualidade que lhe possibilitasse, com seu trabalho e dignidade, sustentar sua miserável e numerosa família da qual era arrimo. Despreparado e desempregado, diante das dificuldades de dar alimentos aos seus, rouba apenas um pão e vai preso. Mal comportado, fica preso por muitos anos. Sai da cadeia e rouba uma igreja que lhe dava abrigo. Porém, o padre o perdoa. Arrependido, resolve mudar de vida. O desgaste provocado pela vida pregressa levou-o a cansar da vida de marginal. Resolve, então, iniciar vida nova, praticar a honestidade e ajudar o próximo. Sofreu, preparou-se para a viva com dignidade. O sucesso aconteceu. Tornou-se industrial e político renomado. Porém, a sombra do passado o perseguia, embora fosse rico, sempre era procurado pela polícia. Mudou de nome, apaixonou-se por uma mulher que já era mãe e prometeu ajudar sua filha que trabalhava como escrava. Com a morte da mãe da menina, leva-a para morar consigo e considera-a como filha, oferecendo-lhe carinho e amor paterno. Morreu nos braços desta menina.
A história, sintetizada acima, compõe o livro ´OS MISERÁVEIS´ do escritor francês Victor Hugo, publicado em 1.852, num tempo de muita ebulição na França, período pré revolução de 1.789. No contexto descritivo do livro, o escritor vai mostrando as injustiças sociais reinantes nos poderes, em especial o Judiciário, com sua indignação com a prisão tão demorada por tão pouco, com críticas sociais sobre todo o sistema. Questões como, por exemplo: o êrro foi só do ladrão menor? O fato de estar desempregado e não ter pão para alimentar a si e a numerosa e miserável família não seria fator para diminuir a pena? São questões que vão sendo colocadas para o pensamento e o deleite do leitor. O livro virou Best Seller no seu lançamento. Victor Hugo tornou-se o escritor francês mais famoso.
Pois bem, em tempos modernos, século XXI, aqui na terra de Cabral, ´OS MISERÁVEIS´ (nossos)´, não roubam um pedaço de pão ou alimentos para sustentar suas famílias. Não! Afinal, uma extensa rede social existente, liderado pelo ´Bolsa Família´ impedem que pessoas passem fome. Isto é muito salutar! Nossos miseráveis, contudo, são mais violentos e destemidos: roubam, matam, estrupam, fazem o que for necessário para manter a ´epidemia do crack´ que estão envolvidos. Eles, também, não ficam na cadeia até porque não existem espaços físicos para tantos miseráveis. Eles, viciados, precisam de recursos para alimentar o vício: comprar ou acertar contas provenientes de consumo de drogas. Afinal, o vício é mortal! Brasil afora a situação se alastra na juventude brasileira de forma muito rápida. Sem emprego, sem esperança e sem dinheiro, nossos jovens, viciados, buscam qualquer ação para manter o vício. Inclusive assassinar parentes. Um horror só!
Enquanto nossos governantes não interessarem por propiciar educação de qualidade para todos, estabelecendo políticas sérias de inclusão social de nossos jovens pela educação, e, da mesma forma, nem promoverem quaisquer políticas públicas visando salvar nossos jovens da epidemia de crack ou outras drogas, o problema tende a aumentar. Uma geração sem futuro de MISERÁVEIS – sem fome – está entre nós e aumentando sempre, sem nenhuma perspectiva de futuro. Os cidadãos não viciados também têm um futuro incerto. Afinal, estamos todos vulneráveis. Simples!…
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