Não seria exagero dizer que Anápolis é uma cidade vítima de falsas promessas. Esta história remonta de anos. Contam alguns historiadores que no final da década de 60, chegaram a anunciar a construção de um autódromo. Isso mesmo: um autódromo para Anápolis. Escolheram até o local, na saída para Corumbá. Foi aquela festa. Até o fechamento desta edição, ao que se sabe, nada de autódromo. Certa feita, chegaram a anunciar a implantação de uma siderúrgica no Distrito Agro Industrial de Anápolis. Antes disso, muitas outras promessas foram feitas ao povo anapolino. Depois é que a coisa pegou.
Talvez interessados nos milhares de votos, e se aproveitando da boa fé de nossa gente, os políticos deitam e rolam, quando o assunto é promessa para Anápolis. Obras faraônicas, grandes projetos governamentais, coisas de primeiro mundo. Daí, o tempo passa, as promessas vão caindo no esquecimento, e fica tudo como dantes. Basta dar uma olhada no contexto mais recente. Quantas foram as promessas feitas a Anápolis e, quantas delas, efetivamente se cumpriram?
Sem querer ferir sensibilidades, ou, deixar lideranças em maus lençóis, recorremos à memória dos leitores do CONTEXTO e, estes, verão que não será muito difícil detectar-se a enxurrada de promessas feitas recentemente, muitas delas já descartadas e esquecidas por aqueles que praticam tal esporte.
Enquanto isso, o povo anapolino, coitado, vive na expectativa da Ferrovia Norte Sul; O Centro de Convenções; o asfaltamento de 15 bairros do programa Asfalto Novo; um viaduto no cruzamento das avenidas Brasil e Goiás; outro no alto da Avenida Brasil, entrada da Vila Góis; um aeroporto civil operando comercialmente; a reforma de dezenas de praças; um calçadão ligando a Praça Dom Emanuel à Praça Bom Jesus; um mini-presídio; três parques ecológicos; uma fábrica de aviões poloneses; uma montadora de caminhões ingleses; uma faculdade de medicina alternativa com tecnologia chinesa; a transferência da Prefeitura para a Vila Jaiara; o gasoduto Brasil Bolívia, com um ramal em Anápolis; uma sede nova para a Câmara Municipal etc., etc.
Agora, com a aproximação do período eleitoral, as promessas, certamente, estarão de volta. Com elas, mais algumas doses de engano, de sofismas, de pura embromação. Anápolis é, definitivamente, então, “A Cidade das falsas promessas”. Ou não?
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