Já se vão mais de 20 anos, desde que a Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida, a Aids, apareceu no mundo. Apareceu para semear a dor, para ferir a alma, para machucar os corações de crianças, jovens e idosos. De homens, de mulheres, de ricos, de pobres, de negros e de brancos. É uma doença que estraçalha a dignidade das pessoas.
Já não se trata dos chamados grupos de risco, segregados, excluídos, menosprezados e -santa ignorância – muitas vezes discriminados por uma sociedade estúpida e hipócrita.
Hoje já se fala da mulher, mãe de família, dona de casa, que é acometida por esta doença, trazida, quase sempre, pelo companheiro que a adquire em aventuras amorosas fugazes. Ou, quem sabe, de crianças que, sem qualquer culpa, nascem com esta doença. E, o que dizer, então, daqueles que a adquirem, inocentemente, nas transfusões de sangue, e nos hospitais.
A Aids está aí, batendo na porta das pessoas de bem, das famílias honradas. A Aids, de há muito, deixou de ser um estigma para gays, drogativos, prostitutas, caminhoneiros. A Aids é uma ameaça para a minha e para a sua família. A Aids, infelizmente, é uma realidade mais do que presente em nossos dias.
E, o que fazer?
A resposta é simples, mas ao mesmo tempo complicada: prevenção. Mudança de comportamento, mudança de hábitos, mudança de atitudes. Prevenção todo dia, prevenção toda hora. Os métodos, os meios, ficam por conta de cada um. O que não se pode é tomar como brincadeira, uma doença conhecida como o mal do século, que está matando milhares de pessoas todos os dias, sob os olhares, às vezes complacentes de muitos de nós.
O que não se admite é vermos criancinhas inocentes morrendo de Aids. O que não podemos concordar é com as estatísticas cada vez mais alarmantes, de milhões e milhões gastos pelos governos, na tentativa de se conter a Aids, que, infelizmente, ainda não tem a cura definitiva.
A Aids, muito mais do que matar, ela deixa marcas que nunca se apagam. Marcas na alma.
Em tempo: Todos os dias no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 30 pessoas morrem de Aids. 107 pacientes são internados. 68 novos casos são registrados. 340 pessoas são infectadas com o vírus HIV. Enfim, apesar dos avanços contra esse mal, a epidemia não acabou.
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