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A guerra civil brasileira

de Moacir Lázaro de Melo
21 de outubro de 2016
em Opinião
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Sim, estamos guerra civil, sim senhor!… Ora, como aceitar que mais de 56.000 brasileiros são assassinados e mais 45.000 são mortos em acidentes de trânsito todo ano e com tendência crescente e não se visualiza nenhuma ação corretiva por governos, seja da esfera Federal, Estadual ou Municipal? Enquanto a guerra da Síria, durante cinco anos, matou 300.000 pessoas, neste mesmo período, nossa guerra civil interna não declarada, matou mais de 500 mil pessoas. Fato relevante é que ninguém fala nada! Não há nenhuma comoção. A morte por assassinato ou no trânsito passou a ser uma situação trivial, comum, normal. A questão que se coloca é: afinal, este é o mundo que vivemos? Somos premiados com a barbárie? Possivelmente, não.
Para comparação, em novembro de 2015, os terroristas do Estado Islâmico mataram 130 pessoas em Paris e foi a maior comoção mundial, com repercussão até nos dias de hoje. E vai continuar assim repercutindo mundo afora, por muitos e muitos anos. Enquanto isto, aqui na terra de Cabral, perdemos a conta dos nossos mortos e com isto, perdemos também nossa indignação. A morte por assassinato ou pelo trânsito, tornou-se coisa do cotidiano, sem relevância, uma coisa banal. Triste sina!… Sim, quem há de lembrar-se das nossas 280 pessoas mortas diariamente seja por assassinato ou no trânsito? Quem se lembra de alguma comoção nacional por este elevado número de mortos? Ninguém!… Até porque não se noticia nos principais jornais do País porque são coisas irrelevantes. A vida aqui perdeu seu valor. A indignação foi extirpada. O medo nos recolheu à nossa própria insignificância. Triste sina!
Cai bem aqui, a citação de parte do poema No caminho com Maiakóvski, de autoria do Poeta e dramaturgo carioca Eduardo Alves Costa:
´Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada;/ Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada…´
E assim vamos caminhando com nosso Maiakóvski… Afinal, estamos todos com medo de reclamar nossos direitos com nossos governantes que não vestem a camisa da segurança? Até quando a impunidade reinará em nosso país? Até quando pessoas com 17 anos e 11 meses poderá ficar matando pessoas de bem e ficar impunes e ninguém fala nada? Será normal o que ocorre em nosso país nos dias de hoje com esta verdadeira carnificina duas vezes maior do que ocorre com a Síria? Respostas difíceis. Aqui, até agora, não temos nenhuma expectativa de mudanças! O que sabemos é que nossa guerra vai continuar. Salve-se quem puder! Amém!
O assassinato de Itumbiara nos remete a este estado de coisas. Líderes goianos sendo sumariamente eliminados, por assassinatos. Um fato de repercussão nacional porém sem a comoção merecida. Em breve só servirá para engordar nossas tristes estatísticas. Não restam dúvidas que tal fato é um reflexo de nossa guerra civil não declarada. Enquanto nossos vizinhos estão fazendo sua pacificação (exemplo Colômbia), fica nossa pergunta: Até quando vamos continuar com essa nossa carnificina? Quem sobreviver, talvez por milagre, verá e contará para as gerações futuras!
Boa sorte, leitor!…

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