Quem não conhece a história de Anápolis, ou pouco se importa com ela, não tem como avaliar. Mas, poucas instituições foram, e são tão importantes para esta cidade como a Associação Comercial e Industrial. Vanguardeira em tudo, desde a década de 30, quando a cidade ensaiava os primeiros passos para se consolidar como o maior centro gerador de riquezas de todo o interior goiano.
Porta-voz dos anseios da comunidade, a ACIA, nascida Associação Comercial, ocupou lugar de destaque nas discussões, fossem elas quais fossem. Quando o status, o nome, a hegemonia e a liderança de Anápolis se encontravam em jogo, independentemente do motivo, a instituição era a primeira a “pular na frente” para defender os interesses de Anápolis. Tem sido assim.
A história da ACIA é repleta de exemplos, os mais variados, de vezes em que ela, independente, forte e respeitada, abriu espaços consideráveis para o fortalecimento do potencial sócio-econômico de Anápolis. Principalmente na defesa de seus associados. É uma instituição notável. Talvez, é quase certo que sim, seja este o motivo pelo qual a Associação Comercial e Industrial de Anápolis exerce tanto interesse, tanta admiração, tanta influência no município e no Estado.
A implantação da Estrada de Ferro (anos 30); a construção de Goiânia (anos 40); a explosão como grande centro atacadista (anos 50); a construção de Brasília (anos 60) e a chegada da Base Aérea e do DAIA (anos 70), assim como a consolidação desses e de outros grandes projetos nas décadas seguintes, levam a assinatura da ACIA, que participou, diretamente, de todos eles.
É, com certeza a referência de Anápolis. Daí, a importância de que ela deva continuar assim, independentemente das disputas, por sinal salutares, por seu comando. Formada por homens e mulheres audaciosos, íntegros, despojados, preocupados com o bem estar da comunidade e o desenvolvimento de Anápolis, a Acia se prepara com vistas à escolha de uma nova diretoria. O que se deseja e o que se espera, é que esta eleição não ultrapasse os limites do bom senso e que as facções, se é que elas existem, sejam menores, muito menores, do que é a Acia.
Os homens passam, a instituição fica. Este é o exemplo a ser observado. A galeria de fotos de ex-presidentes é repleta de retratos dos grandes homens que comandaram a instituição. Com muito respeito, com muita dedicação. Com muito altruísmo. Tomara que este espírito prevaleça e que a próxima diretoria da ACIA, com novo presidente ou não, seja formada por pessoas que têm esta mesma visão.
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