A nossa capacidade de amar é medida a cada instante, todos os dias. Uns dizem que é Deus nos testando. Outros, mais céticos, preferem apostar no racional, no intelecto, na força da razão. Há os que não conseguem explicar como, e por que amamos. O certo é que amamos. Amamos o belo e amamos o feio, quando ele nos parece bonito. Amamos o óbvio, mas, amamos também, o enigma, a incógnita, o desconhecido. Amamos o trivial, o comum, o convencional. E amamos o excepcional.
Ninguém deve questionar Deus, quando ele coloca à sua frente, sob a sua guarda e sob a sua proteção, um ser diferente. Mas as pessoas podem admirar, agradecer, louvar ao Criador, quando Ele, por um motivo ou por outro, de uma forma ou de outra, permite que pessoas aparentemente diversas da gente cruzem nossos caminhos.
Penso que o cuidar de vidas humanas é um privilégio, é uma grande graça. O cuidar de pessoas especiais, pessoas que às vezes não são tão iguais aos iguais, é, antes de um desafio, mais que uma dádiva colocada para que possamos avaliar o quanto somos dependentes também. A história ensina que, no decorrer dos anos, em que pese o aumento da influência tecnológica, da corrida pelo moderno, pelo prático, ainda existe espaço para amar as pessoas, para cuidar de pessoas, para conviver com as pessoas. Sejam elas “normais” ou não. Mas, o que é ser normal diante da grandeza do universo e da supremacia de Deus?
Vivemos há poucos dias a “Semana do Excepcional”, patrocinada em Anápolis por uma das mais sérias e queridas instituições do Brasil, a Apae – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais. Foi um momento mágico, onde somente quem já experimentou a oportunidade de se relacionar com estas pessoas especiais, é capaz de entender isso na plenitude.
Sim, pois é desses incomparáveis seres que extraímos os ensinamentos maiores, vindos do Criador. São nessas divinas criaturas que se revelam os mistérios da criação, os mistérios de Deus. É com estas pessoas, aparentemente frágeis, que aprendemos que nossa vida é passageira e, às vezes, não notamos. É diante desses maravilhosos seres humanos que nos doamos, aprendemos o verdadeiro dom de amar. São excepcionais, mesmo, essas pessoas…
Este artigo é uma homenagem a todas as pessoas que amam, cuidam, zelam dos anjos que em terra precisam de cuidados especiais. Este artigo é, em especial, dedicado a minha mulher Lina Di Clemente e a minha amiga Ana Maria de Moraes, duas enviadas de Deus para ajudar nos cuidados ao meu filho, Étore Di Clemente, um excepcional filho!
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