Recentemente vi um documentário sobre alguns sobreviventes do holocausto que moram no Brasil. Qualquer pessoa que passa por uma experiência tão brutal será profundamente marcada pelo resto da vida. Aos 89 anos de idade, uma senhora fez uma linda declaracao de amor à vida: “Eu adoro viver. A vida é uma experiência singular”.
Nem todos tem esta visão:
Schopenhauer declarou: “A vida é um inferno”. Por causa dos ensinamentos do filosofo grego Hegesias, muitos jovens cometeram suicídio. Filósofos como Zenão e Sêneca também puseram fim à sua vida. Nietzsche afirmava que a vida era náusea. Alberto Camus, inicia seu livro “O mito de Sísifo” afirmando que de todas as hipóteses filosóficas, o suicídio é a mais razoável.
O que há de estranho com o suicídio é que, em geral, o suicida não considera que enquanto houver vida ainda existe a possibilidade da morte, mas após a morte, não existe mais a chance de um retorno à vida. Então, é mais interessante estar vivo e ter sempre uma opção a mais.
Outro fato a ser considerado é que, no suicídio, tenta-se resolver a angústia eliminando a vida, quando o melhor pressuposto seria eliminar aquilo que torna a vida um fardo.
Quando Sadu Sundar Singh (1889-1933), perdeu sua mãe, ele que posteriormente seria conhecido como “O Apóstolo Paulo na Índia”, era ainda um adolescente e apesar de toda sua devoção sikh, já conhecida nas aldeias onde vivia, isto não evitou que o desespero o levasse a planejar sua própria morte. Ele aguardaria um trem que passava próximo da sua casa, e se estenderia nos trilhos para morrer.
Antes deste fatídico plano ser executado, ficou três dias e três noites em seu quarto dizendo: “Oh Deus, se tu existes, revela-te a mim”. Numa madrugada, por volta das 5 horas, uma brilhante luz encheu seu quarto, e, em meio ao brilho, apareceu o rosto de Jesus, quando ele esperava krishna ou outra das divindades indianas. Ele ouviu Jesus falar na língua hindustâni: “Eu morri por você. Dei minha vida por você. Você ora buscando o caminho certo: por que não me seguiu? Eu sou o Caminho!”.
A partir daí, passou a ensinar sobre a profunda vida interior que pode ser encontrada na pessoa de Jesus de Nazaré, até seu misterioso desaparecimento nas montanhas do Tibete, em 1929, quando falava aos moradores remotos daquelas pequenas aldeias. Nunca mais foi visto, nem se ouviu falar dele, mas todos sabiam que Sadu conhecia a mágica experiência de viver.
Passado, presente, futuro!
O ano que chega, como reza a tradição, é um convite à reflexão acerca daquilo que passamos no ano anterior...