“Vai ser um salve-se quem puder”. Assim disse o deputado federal Severino Cavalcanti, (PP-PE), ao se sentir ameaçado de perder o cargo, por conta de denúncias de que teria recebido propina à época em que era primeiro secretário da Câmara Federal. Triste sina de um país, onde o acusado ainda faz ameaça, como a dizer: “caio na lama, mas enlameio muita gente”. Em outras palavras, “o Brasil está cheio, muito cheio de corruptos e pouca gente, ou quase ninguém agüenta uma investigação mais séria”.
Uma pena, para o país que atravessa um bom momento em sua economia, arrochos à parte, devido ás imposições do FMI e outros credores de peso. Ocorre que o Brasil tem jeito, o Brasil é grande, o Brasil pode ser salvo. Lamentavelmente, o povo ainda é refém dos maus políticos, das leis frouxas que levam para a cadeia uma mulher que, no interior de São Paulo furtou um desodorante de R$2,50 e deixa soltas quadrilhas que arrasaram os cofres nacionais em milhões e milhões de dólares.
Agora vem o homem que ocupa o terceiro mais importante cargo da República e faz ameaças de afundar, na lama fétida da corrupção muita gente. Seria a hora de se perguntar: “Quem tem medo de Severino? A quem ele estaria ameaçando?”. Do jeito que Severino Cavalcanti está colocando as coisas, dá a entender que o Congresso Nacional está podre, precisando de uma reforma geral. Ou que os partidos políticos, as instituições nacionais estão jogados à própria sorte, á beira de uma falência histórica. Um fato como este, com a importância desta, chama para uma reflexão mais profunda. Bravatas de Severino à parte, e tomara que sejam somente bravatas desse cabra, é chegada a hora de uma ação mais eficaz por parte do Ministério Publico Federal, do Judiciário, das autoridades a quem de direito, tomarem providências, sob pena de vermos no Brasil mergulhar, cada vez mais, no lodo da imoralidade, da impunidade, da indecência, da situação onde todo mundo é igual a todo mundo. Pelo menos foi isso que o Presidente da Câmara quis dizer. “Aqui só tem ladrão e corrupto. Mexam comigo que eu detono muita gente”.
Lamentável esta situação.
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