Pode até ser um título agressivo. Mas a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que surgiu nos anos 80 e que todos nós convencionamos a chamar de AIDS, é o pior mal que a humanidade registrou nas últimas décadas. Sem contar o estigma que a doença traz, amenizado por muitas campanhas de esclarecimento, esta moléstia é, indiscutivelmente, a maior ameaça a saúde, transpondo os limites dos chamados grupos de risco e se instalando, de maneira indiscriminada, em todos os cantos do mundo.
Em Anápolis não é diferente. A AIDS é uma realidade, é uma ameaça constante. Não podemos fugir disso. Muito pelo contrário, temos de enfrentar esta desgraça. Por certo que ainda existem muitas resistências do ponto de vista religioso, filosófico ou qualquer que seja a infeliz explicação. No entanto, somente uma família que sofreu, ou sofre os horrores desta doença é que pode avaliar o quanto ela representa.
Louvável é a atitude de algumas Ong‘s que enfrentam essa coisa de cara limpa, indo para as ruas, as escolas, as fábricas, as praças, mostrar à comunidade sobre a responsabilidade de cada um. Muito embora já existam campanhas do governo veiculadas nos mais diferentes veículos de comunicação, nada melhor do que um reforço nesta proposta.
Certamente que o ideal seria não nos preocuparmos com isto. Que a AIDS fosse apenas, e tão somente, uma doença restrita a determinados grupos, ou a determinadas regiões. Infelizmente não é assim, temos uma outra realidade. E um problema desses somente se combate e se vence, se houver o envolvimento comunitário. A história tem ensinado isto. Quando surgiu a Gripe Espanhola, dizimando milhões de pessoas por todo o mundo, houve o ajuntamento de esforços entre as nações e a doença foi aniquilada. Igualmente outras moléstias consideradas terríveis foram banidas da face da terra com o trabalho de todos.
Com a AIDS também vai ser assim. É difícil acreditar, mas, basta que se crie a consciência coletiva de que todos temos deveres e obrigações para com a sociedade. Temos compromissos com o futuro, com as próximas gerações. Vamos todos ajudar no combate a AIDS em Anápolis, dando um exemplo para o restante do Brasil. Temos competência e capacidade para isto.
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