Não se trata de nenhum saudosismo. Mas já houve tempo em que as pessoas se preocupavam mais com a aparência. A liberalidade que se vê hoje em dia, chega aos limites do deboche, da irreverência exagerada e, em muitos casos, da falta de respeito. Moralismo à parte, tornou-se comum adentrar-se em estabelecimentos comerciais e ter a abordagem de vendedores mal preparados, mal vestidos, se confundindo com os clientes.
E o que dizer então, dos atendentes nos bancos? Houve época em que eles eram bem mais cuidadosos, usavam roupas adequadas, numa forma correta de respeito ao cliente. Os exemplos se multiplicam. Nas repartições públicas, tornou-se comum a presença de funcionários sem a menor reverência, o menor respeito ao contribuinte. Portam-se e se trajam, como se estivessem em um botequim, uma praia, uma praça. As empresas também deixaram de lado este tipo de preocupação. Nos cinemas, por exemplo, admite-se o ingresso de espectadores trajados indevidamente, em alguns casos com roupas sumárias, gente sem a menor compostura.
Por conta disso e de outros descuidos, é que a qualidade no atendimento está cada vez pior. E, conseqüentemente, muitas empresas estejam perdendo clientes, vendo o movimento diminuir dia a dia. Para quem não acredita, ou não se atentou para isto, talvez, a solução seria uma visita aos shoppings das grandes cidades, uma visita às lojas, para ver o padrão dos vendedores, geralmente bem arrumados, educados, bem vestidos, verdadeiros relações públicas. Ou, quem sabe, um curso, um treinamento sobre este tema, tão atual, tão importante.
Camiseta cavada, bermuda, barba por fazer, roupas exageradamente decotadas e outras extravagâncias, ficam bem para férias, clubes, passeios. Mas, quando se trata de relações humanas, atendimento ao público, presteza e qualidade, com certeza, pessoas que assim procedem estão na contramão da história.
Da polarização à união é o desafio pós-eleições
A polarização política intensificada durante o primeiro e segundo turnos das eleições de 2024 trouxe à tona uma série de...