Em nosso país, segundo o IBGE, mais de 52 milhões de brasileiros vivem, desde início do ano de 2.017, com menos de ½ salário mínimo nacional, situação considerada como de pobreza extrema pelo Banco Mundial. Uma grande nação de pobres! Pior: deste total, 25 milhões vivem em estado de pobreza absoluta com apenas R$ 220,00 por mês. É de assustar! Este quadro nos leva a uma reflexão: O que levou a vivenciarmos uma época de sonhos de 2.003 a 2.014, quando nossos políticos populistas afirmavam que 30 milhões de brasileiros tinham saído da linha de pobreza? Como tinham saído da linha de pobreza se não foram preparados, através de educação de qualidade, para a vida de competição acirrada como é no mundo de hoje? Impossível!…
Evidente que não eram sustentáveis as políticas públicas que foram implementadas. Estudos comprovam que na América Latina, (Brasil no meio), novos empregos respondem por 50% das variáveis para sair da pobreza, programas de distribuição de rendas e aposentadorias (Bolsas disto e daquilo, manutenção artificial de preços de gasolina, energia elétrica e outros subsídios) respondem por 30%. Este resultado é um exemplo claro: o que elimina a pobreza, pelo menos 50%, é o emprego, que também concorre para aumentar a auto-estima das pessoas. É, portanto, o melhor programa social que um país pode promover. Porém, é preciso estar preparado para a competição. Afinal, os despreparados são os primeiros a perder o emprego em tempos de dificuldades generalizadas. Foi o que aconteceu, principalmente a partir do ano de 2014!
Enquanto isto, outro fato que assusta é saber que 12 milhões de jovens de 16 a 29 anos, ou um em cada cinco jovens brasileiros, não estudam nem trabalham e constituem a chamada geração ´nem nem´. Isso foi o que apontou a Síntese de Indicadores Sociais divulgada em dezembro/17 pelo IBGE. Qual o futuro desta geração? Grande parte são pessoas que desistiram de procurar trabalho, porque não tem quase nenhuma qualificação, e também não querem voltar a estudar, porque não se sentem atraídas pela escola. Qual a tendência desta multidão: caminharão para o bem ou para o mal? Grande parte, com certeza, procurará o caminho mais fácil: o mal.
Com este quadro de incertezas, adicionados aos maus exemplos de nossos administradores corruptos e a impunidade reinante, sem termos qualquer política pública que vise criar expectativas de futuro para esta geração, o que se pode prever é que o país vai ficar cada vez pior em termos de segurança, educação e saúde. E, lógico: cada vez mais pobre. Triste!…
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