A história de Anápolis pode ser contada a partir do final do Século IXX, tempos em que os desbravadores vindos, principalmente, de São Paulo, da Bahia e de Minas Gerais, em busca de ouro, aportaram em suas paragens. Já naquela época esta que viria a ser, indiscutivelmente, a mais importante comunidade, economicamente falando, em toda uma vasta região, apresentava os sinais de prosperidade e progresso, inavistáveis em outras aglomerações humanas, muitas delas bem mais antigas e mais tradicionais.
Em um retorno da memória ao passado, ainda é possível contemplar as primeiras fazendas de gado e de café, produtos líderes de mercado do Brasil de então. Os livros e registros revelam, na década de 20, a formação dos primeiros núcleos constituídos por imigrantes sírios, italianos e japoneses. Os primeiros automóveis, as primeiras máquinas. Vieram as primeiras escolas, os primeiros grupamentos políticos. Junto a isso tudo, as primeiras igrejas e assim por diante.
Na década de 30 as primeiras indústrias, as primeiras lojas organizadas. Veio a nossa maior conquista daquela época: a Estrada de Ferro. Com ela, as máquinas de beneficiamento de cereais, as cerâmicas e muitos outros empreendimentos. Década de 40, a construção de Goiânia; década de 50, a explosão do comércio atacadista. Década de 60, a construção de Brasília. Anápolis não parava de crescer e de ajudar no desbravamento do Oeste Brasileiro. Década de 70, implantação do Distrito Agro Industrial, da Base Aérea e das faculdades. É, ou não é, uma bela história?
Em resumo, é o que se pode dizer de uma cidade que cresceu acima da média nacional e que participou da nova etapa de um Brasil emergente, saindo do provincianismo para se impor como nação. Anápolis tem parte nisso, pois ao longo de todas essas décadas, sempre se firmou como cidade progressista, vanguardeira, destemida. É berço de notáveis figuras da política, do esporte, da cultura e da economia de Goiás e do Brasil. Impossível (d)escrever a história do último século, sem colocar esta cidade entre os marcos preponderantes e fundamentais, que estão gerando uma nova fronteira sócio-conômica e cultural para o País, dando uma nova dinâmica para o Centro Oeste, se apresentando na forma de uma comunidade extremamente moderna, com universidades, fábrica de automóveis, indústria farmacêutica e núcleo logístico de desenvolvimento sustentável de Goiás. Tudo isso, sem perder o charme de cidade humanista, boa para se viver, de se criar família, de curtir a vida. E ainda tem gente que não enxerga. Ou teima em não enxergar isso.
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