Muito embora algumas autoridades policiais e judiciárias entendam que a violência esteja sob controle em Anápolis, nas últimas semanas uma série de crimes hediondos tem mobilizado a opinião pública do município. Esses crimes estão acontecendo de forma imprevisível e sem motivos aparentes. Outros estão carregados de crueldade, perversidade, premeditação e muito ódio. Em dois meses, uma série macabra de assassinatos covardes e brutais passou para a literatura criminal da região.
O que estaria acontecendo com a outrora pacata Anápolis? Estaríamos inseridos na onda nacional de violência urbana desenfreada? A incidência criminal no restante do Brasil estaria influenciando os anapolinos, ou, seria um fenômeno social de causas inexplicáveis?
Como lidar com esta situação? Culpar as autoridades, por certo não é o melhor caminho. Muito menos atribuir isso ao “destino”, o tal do “é assim mesmo, quando tem de acontecer, acontece”. Seria uma explicação razoável para grande parte da comunidade. Menos para as famílias que têm visto seus filhos ou pais serem arrancados do convívio da maneira mais brutal e covarde que pode acontecer. Jovens ainda na fase mais produtiva da vida; pais de família que têm sido mortos indiscriminadamente; gente pacata, pessoas simples morrendo pelas ruas, pelas praças, no trabalho, nas escolas. Uma loucura.
E, agora, deram para matar crianças e adolescentes. Casos aterrorizantes, coisas inimagináveis estão ocorrendo. Crimes brutais deixando um rastro de ódio e de insensatez estão todo dia na imprensa. Não podemos concordar com isso. Anápolis tem de reagir, antes que seja tarde. Não devemos deixar que esta cidade, que tem tudo para dar certo, que está dando certo, se torne uma comunidade comparada com aquelas onde prevalece a “lei do mais forte, do mais valente”. Anápolis não é nenhuma cidade da Baixada Santista, do Entorno de Brasília ou da Baixada Fluminense. Anápolis é uma cidade altaneira, progressista, de gente trabalhadora, de gente honesta. Essa gente é que tem de reagir, gritar, pedir providências, clamar por socorro. Chega de tanta barbárie.
Da polarização à união é o desafio pós-eleições
A polarização política intensificada durante o primeiro e segundo turnos das eleições de 2024 trouxe à tona uma série de...