O sectarismo indica uma visão estreita, intolerante ou intransigente de ver as coisas como realmente elas são. É o pior dos mundos! Infelizmente, vivenciamos uma sectarização muito forte de classes sociais em nosso país: Uma classe quer ver o governo fazendo a coisa certa, cuidando da educação com qualidade para todos – única forma de garantir o futuro – oferecendo segurança e saúde para toda a nação, porém gastando o que arrecada, sem corrupção e sem desperdício. Isto impõe austeridade forte, controle da inflação e políticos comprometidos. Este modelo, contudo, sem preocupar com o social, privilegia fortemente o sistema financeiro e a experiência mostra uma elite de privilegiados, renda nacional cada vez mais concentrada e uma multidão de excluídos. Situação insustentável!
A outra classe social entende que o social deve vir primeiro, que o estado é uma mãe sem fim e que deve cuidar de tudo e de todos: Garantindo alimentação, saúde, educação e segurança. Entretanto, isto equivale a dizer que alguém estará pagando via impostos arrecadados dos próprios empregados e empresas. Não existe milagre! Esta situação, por si só, eleva sobremaneira a carga tributária que, no caso brasileiro, já está em mais de 36% de tudo o País produz e gerando déficits cada vez maiores. Neste contexto, o País perde credibilidade internacional. O País não cresce e fica pobre pela socialização dos recursos que vão diminuindo cada vez mais.
Ambas as classes, contudo, têm certa razão: COXINHAS estão corretos em manter um orçamento equilibrado. MORTADELAS descobriram o que era evidente: todos precisam se alimentar e ter acesso aos sistemas de saúde, educação e segurança. Afinal, esta é finalidade do Estado. Só não se preocupam como e de onde virão os recursos e suas conseqüências. O impasse está montado. É necessário e fundamental encontrar o ponto de equilíbrio. Afinal, a parte social é de muita importância nos dias de hoje, por convivermos com altas taxas de desempregos, sem perspectivas de melhoras em virtude das novas tecnologias que substituem os empregos. Enquanto COXINHAS E MORTADELAS não se entendem, o verdadeiro problema do País, que são as injustiças sociais de toda ordem, se arrastam. O corporativismo beneficiado, silenciosamente, agradece.
É evidente que, de qualquer lado que você esteja é bom pensar e poder contribuir para uma nova ordem social que contemple uma sociedade mais justa para todos, ao contrário do que temos hoje em que muitos não têm nada ou ganham pouco e poucos ganhando muito. Todavia, enquanto digladiar Coxinhas e Mortadelas, quem faz a festa são os privilegiados do atual sistema a quem não interessam qualquer mudança, principalmente na (IN)Previdência Social brasileira.
Coxinhas e Mortadelas: uní-vos para salvar a pele de todos nós e por um Brasil melhor. Acordai-vos! O confronto não nos levará a nada.
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