Nunca o homem se preocupou tanto com as questões ambientais como agora. Em todos os continentes a palavra é uma só: ou cuidamos do meio ambiente ou nossa qualidade de vida ficará cada vez pior. Óbvio ululante, que todos sabem de cor e salteado. A natureza revida, nos cobra, para que a respeitemos. No papel é muito bom. Resta saber o que eu e você estamos fazendo, efetivamente, para tornar esta tese em realidade. Esta hipótese, em coisa concreta. Se olharmos em redor e formos honestos para conosco mesmos, diríamos que muito pouco. Ou nada mesmo?
Radicalismo? Nem tanto. É que não temos o costume de assumir erros, de admitir que estejamos na contramão da história. Vivemos falando que jogar papéis, cascas de frutas, lixo em geral pelas ruas, pelos cantos é errado. Mas o fazemos. Às vezes inconscientemente, mas fazemos. Há quanto tempo eu e você não plantamos uma árvore? Se é que já plantamos um dia! Temos cuidado da frente de nossa casa, apanhando o lixo, impedindo que as crianças e até os adultos joguem mais, ou achamos que esta é uma responsabilidade somente dos garis da Prefeitura?
É uma realidade diante dos nossos olhos, que precisamos enxergar. E o que dizer, então, dos cuidados para com a natureza? Estaríamos nós cumprindo a nossa parte quando pedem para que economizemos água, para que não coloquemos fogo nos entulhos? Certamente que muitos de nós, não. E quando o assunto é reciclagem do lixo que nós mesmos produzimos? Temos tido esse cuidado ou entendemos que o nosso lixo “é tão pouquinho que não fará diferença nenhuma se o jogarmos por aí”?
Quanto a nós que somos pais, estaríamos ensinando aos nossos filhos as práticas corretas da tratar a natureza, o meio ambiente, ou isso é tarefa de professor na escola?
A verdade é uma só. A famosa e tão falada Camada de Ozônio é coisa muito bonita para vermos na televisão, ou lermos nos jornais e revistas. A poluição do ar, que ajudamos a aumentar todo dia, não nos interessa. Muito menos a do som, que agravamos com carros barulhentos, equipamentos eletro-eletrônicos e outros. Sem dizer o que poluímos visualmente todo dia. A verdade, todavia, nos sinaliza dificuldades. Se não para nós, certamente será para nossos filhos, nossos netos. As enchentes, os tufões, as “tsunamis” não acontecem por acaso. As instabilidades climáticas, os temporais, o calor excessivo no inverno e o frio no verão, com certeza, são resultados de nossa (des)educação ambiental. Sobre o assunto, falando sobre a agressão do homem à natureza, em entrevista à Rede Globo esta semana o jornalista e ambientalista Washington Novaes afirmou que “estamos vivendo uma crise de padrões civilizatórios, principalmente quando as questões são ambientais”. Infelizmente ele está certo.
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