Há quem entenda que ecologia seja coisa de intelectual. Não é, necessariamente. Ecologia é coisa séria, muito embora os intelectuais também sejam. Longe se vai o tempo em que defender o meio ambiente se resumia em teorias e teses, nunca colocadas em prática, ficando no campo da ficção. O Brasil pagou, e ainda paga, caro por isso.
Todo dia vemos na televisão, nas revistas, nas publicações em geral, a Mata Atlântica reduzida a menos de dez por cento do que era. A Amazônia perdendo, em média, uma área equivalente a mil campos de futebol todo mês. Não é “chororô” de ambientalistas, nem devaneio de sonhadores. É a realidade na nossa cara.
A mais nova investida é a devastação do Cerrado, um dos maiores biomas do mundo, sendo consumido pelas lavouras de soja, de milho e algodão. E, muito mais do que isto, pelas pastagens das mega-fazendas. Gente que planta milho, algodão e soja, recebe em dólar; gente que cria Nelore, recebe em dólar e vai morar em Miami, deixando para trás um rastro de destruição, como já o fizeram no Sul do Brasil, estão fazendo no Centro Oeste e já se encaminhando para a Amazônia.
Isto na zona rural. Nos centros urbanos e suburbanos, o pior já aconteceu, ou, está acontecendo. A arborização das cidades está cedendo espaço para as fachadas de lojas importantes. As pequenas reservas, os bosques, a vegetação antiga, remanescente, abrem espaço para novos loteamentos. Não se trata de saudosismo e nem de contra-progresso. É um alerta. O clima no Planeta Terra está se modificando. Isto inclui o nosso meio ambiente. Isso inclui Anápolis.
É hora de uma tomada de consciência em defesa do que nos resta de natureza. Os pequenos bosques que ainda existem (e resistem) na região urbana, têm de ser preservados. É que, apesar de protegidos por lei, tem sido notória a diminuição deles. As motos-serras têm trabalhado, e muito, nos finais de semana, feriados e, até em dias chamados úteis. Não há vigilância. Os córregos que cortam Anápolis estão entregues à própria sorte. Não têm tido o controle ambiental de que necessitam.
Ou nós, os anapolinos, enxergamos esta realidade, ou, em curto espaço de tempo teremos uma cidade rica economicamente, mas desertificada pela ação predadora daqueles que, em muitos casos, só têm compromisso com o dinheiro. Para estes, a qualidade de vida que se dane.
Da polarização à união é o desafio pós-eleições
A polarização política intensificada durante o primeiro e segundo turnos das eleições de 2024 trouxe à tona uma série de...