Faz sentido, sim, que articulistas de quase todos jornais brasileiros fazerem comparações, ultimamente, dos momentos antecedentes da Revolução Francesa de 1789 ao estágio atual da situação política e econômica em nosso país. Afinal, nos anos 80 do século XVIII, a estrutura econômica e social francesa que era formada por três estados: clero, nobreza e os comuns (comerciantes, artesãos, assalariados, camponeses e os burgueses), ostentava muita corrupção e mordomias que eram sustentados, com pesados impostos, pela população camponesa e os comuns, que, já exaurida, não suportava mais os impostos que eram obrigados a pagar à nobreza e à igreja. O povão estava na miséria.
Alguma diferença com os padrões brasileiros nos dias de hoje? Acredito que muito pouco! Praticamente só os nomes do tributos e o das figuras arrecadadoras. Poucas diferenças também, em relação ao tempo do feudalismo em que a economia era essencialmente rural e os servos faziam girar a economia feudal com seu trabalho e produção e quase tudo que produziam iam para as mãos dos senhores feudais, via impostos. A classe dominante, ou os donos do poder, sempre foram os beneficiados. A grande verdade é que nada mudou. Continua tudo como antes aqui na terra de Cabral!
Outros fatores também determinantes para a Revolução Francesa que, aliás, deu novo rumo ao mundo de uma maneira geral, foram econômicos e sociopolíticos. Eis que, na década de 1.780, a agricultura era a base da economia francesa. Porém, uma seca prolongada diminuiu sensivelmente a produção e causou miséria em grande parte da população; juntando-se a isto, uma crise na indústria ocasionada por acordos comerciais com outros países e uma crise política da Monarquia absoluta gastadeira com guerras, mordomias e corrupção tornaram-se o estopim de uma revolução iminente.
Acresce-se a isto, a ascensão e a divulgação maior dos ideais iluministas em toda Europa durante todo século XVIII, mostrando que a razão era mais importante que a emoção ou fé, era cada vez mais forte. As idéias dos filósofos iluministas (Rousseau, Voltaire, Montesquieu e outros) que faziam constante críticas contra os privilégios e problemas causados pelo governo monárquico, centralizador e gastador corriam mundo. Estas idéias foram se disseminando por toda Europa e fez com que o século XVIII fosse denominado ´O Século da Luz´. O século do ´Iluminismo´. O povo Frances acordou.
Do lado de cá, convenço-me, cada dia mais, que assistimos o que poderá ser o Iluminismo brasileiro em relação à situação política brasileira. O papel das redes sociais tem sido determinante e muito eficiente, com total penetração em todas as classes sociais da nação. Nunca antes houve tanta informação compartilhada como mais de 100 milhões de brasileiros conectados em todas as redes sociais. As notícias correm rapidamente. Porém, as questões: Será que vamos acordar? Será que teremos nosso iluminismo ainda que tardio? As próximas eleições gerais a acontecer em 2.018 nos trarão as respostas. Vamos torcer para isto!
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