Para o país, especialmente regiões Centro-Oeste e Norte, o início da operação comercial oficial da Ferrovia Norte-Sul, é muito mais que a consolidação de uma obra de integração nacional que demorou 26 anos para ser executada. É o marco de uma nova era da infraestrutura e da logística brasileiras, diante da recorrente interligação de modais de transporte para fomentar a distribuição de mercadorias, a queda dos índices de poluição e de acidentes e, sobretudo, a redução os custos, além de aumentar a competitividade dos produtos de uma vasta região do Brasil, beneficiada com a abertura de um grande corredor de exportação e importação para os mercados interno e externo.
Estado privilegiado pelo traçado da super ferrovia, com espectro praticamente em todo o seu território, Goiás tem novo referencial para o incremento de sua economia nos setores de mineração, agronegócio, industria e serviços. É Anápolis a cidade mais beneficiada pelo início da operação comercial oficial da FNS, dia 10 de dezembro último. O primeiro trem com três locomotivas, tracionando carga de 6,4 mil toneladas de farelo de soja, em 80 vagões, percorreu 2,3 mil quilômetros até chegar ao Porto de Itaqui, no Maranhão, a partir do Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis. O pátio de manobras está localizado no Daia, onde a Ferrovia Norte-Sul faz conexão com a Ferrovia Centro-Atlântica, interligando sistemas ferroviários de diferentes regiões brasileiras. Tão importante quanto esta integração por estrada de ferro praticamente com todas regiões do país é a consolidação de mais um modal estruturante da Plataforma Logística Multimodal de Goiás.
Anápolis vai realizar o maior projeto de desenvolvimento de sua história contemporânea, conectada ao ponto de convergência de seu futuro – Pólo Logístico – na dependência do terceiro modal de transporte, o Aeroporto Internacional de Cargas, e da Plataforma Logística articulada com entreposto da Zona Franca de Manaus, projetos estruturantes de um gigantesco CD – Centro de Distribuição – localizado no coração do Brasil, distante apenas 1.300 km de 70% do PIB nacional e estrategicamente vocacionado para o comércio exterior.
Eixo do terceiro maior corredor rodoviário de investimentos do Brasil e sede do ramal de interligação de duas super ferrovias, Anápolis anseia pela a inauguração do Aeroporto Internacional de Cargas para decolar rumo a um futuro além da imaginação.
Pelos trilhos da estrada de ferro, a partir da década de 1930, a economia goiana se expandiu para outros centros do país, capitaneada por Anápolis, mas desde a instalação da primeira indústria automobilística no Brasil, na década de 1950, o aumento explosivo da rede rodoviária de 200 mil km para 1, 6 milhões de km, provocou implacavelmente o expurgo do sistema ferroviário, que deve tomar um novo impulso com a operação da FNS. Marco da história da economia do Brasil, com uma extraordinária expectativa de desenvolvimento para Goiás, especialmente para Anápolis, o início de operações da Ferrovia Norte-Sul, velado pela crise política, foi um acontecimento marcante sem repercussão alguma
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