Enquanto anapolinos, precisamos fazer a lição de casa, no que concerne à nova ordenação política que se alardeia por todos os cantos de Goiás. Que lição de casa é essa? É aquela em que necessitamos aprender, se já não aprendemos, que para se ser respeitado, antes de tudo, deve-se dar ao respeito. Ou seja: uma cidade que não é forte politicamente, nunca será forte administrativamente, pois ninguém pelejará por ela. Ninguém a levará em conta. Ninguém terá consideração por ela e por seu povo. Nos últimos anos tem sido assim. Os 200 mil eleitores de 2006 não conseguiram mais que um deputado federal e um deputado estadual, coisa que municípios bem menores e muito menos expressivos que o nossos, fizeram com certa facilidade.
O resultado de tudo isso é por demais desastroso. Não que se queira uma cidade que viva política, respire política, seja um manancial de políticos. Não é isso. Na verdade, o que os anapolinos gostariam que acontecesse, era termos deputados federais, deputados estadual e, por que não senadores e vice-governadores, defendendo nossos interesses. A história mostra que Anápolis só gerou um governador (Henrique Santillo) e dois vices: Ursulino Leão e Onofre Quinan, este último tendo assumido a Governadoria.
Mas, Goianésia já teve governador (Otávio Lage); Jataí elegeu Maguito Vilela; Santa Helena tem Alcides Rodrigues; Palmeiras de Goiás elegeu Marconi Perillo, só para se citarem governadores. Nossa safra de senadores e vice-governadores é insignificante para uma cidade de portes econômico e político como Anápolis.
Assim sendo, aproveitando a onda de preparação das novas candidaturas, das novas lideranças, é bom que Anápolis acorde, levante do berço esplêndido e apresente nomes para as disputas. Temos, seguramente, muitos valores que podem (e devem) buscar uma vaga, seja ela de deputado estadual, deputado federal, senador, vice-governador e, por que não, governador?
O que não se admite mais é vermos, a cada eleição, nossa representação política ser diminuída. Corremos, inclusive, o risco de chegarmos a um dia em que a cidade não tenha representantes políticos para defendê-la, pleitear recursos e benefícios para seu povo. Aliás, é o que já vem acontecendo. A última eleição municipal mostrou uma série de nomes bons de voto. Não só os que disputaram a Prefeitura. Muitos que concorreram a uma vaga na Câmara Municipal têm, sim, condições de disputar uma eleição para deputado estadual. Falta apoio, falta vontade, falta entendimento. Houve época em que Anápolis, com a metade da população que tem hoje, elegeu quatro deputados estaduais, três deputados federais, um senador da República e um vice-governador. Por que não repetir isso?
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