Se aquela bola tivesse entrado… E se o fulano tocasse aquela aos 45 minutos… O ‘SE‘ foi eternizado no mundo da bola e faz parte da magia que cerca essa arte chamada futebol. Arte capaz de atrair crianças bem novas até idosos que já precisam de bengala ou cadeira de rodas para chegar aos estádios para vibrar com a plástica das jogadas ou se irritar com interpretações errôneas da arbitragem.
Pena é que futebol não se faz só com este lado emocionante conhecido pelo torcedor. Futebol também tem o lado na maioria das vezes negro, conhecido com ‘bastidores‘. Dele fazem parte os interesseiros da magia da bola. Anápolis sempre esteve cheia deles. Na semana passada, mais uma ação dos ‘inconseqüentes‘ que rondam o futebol anapolino, criou um problema administrativo para a diretoria da Associação Atlética Anapolina. Num site de renome nacional, li a informação: “Presidente da Anapolina comunica desistência da Série D e cidade se revolta contra ele”. A matéria fazendo referência à atitude do presidente da Anapolina Roberson Guimarães, diz ainda que fontes ligadas ao clube se mobilizam para pedir o afastamento do mesmo, afim de garantir através de outros membros, a decisão de participar da Série D. A atitude inconseqüente de tais pessoas é mais uma ameaça ao futuro do sofrido clube. O verdadeiro torcedor, dirigente, colaborador sabe bem o quanto a Anapolina já foi penalizada com atitudes impensadas, mal calculadas, ou simplesmente com o intuito de promover pessoas ou instituições. Tantas foram as vezes em que a Rubra em situações de prestes desaparecimento do futebol, deu a volta por cima. Mas até quando podemos confiar nessa ‘benção‘ que ilumina a Anapolina? Por quanto tempo mais teremos o irresponsável ato de colocar em risco a querida Xata? Com certeza, o astuto e comedido Roberson Guimarães entende que já basta. Arriscar o clube num campeonato que não leva a nada é cometer mais um atentado contra as cores rubras. Para aqueles que acham que a Série D é importante por dar acesso à Série C, que se aproximem do presidente, façam as contas das despesas e coloquem a mão no bolso para tirar esses recursos e vamos que vamos. Porém, quem se dispor a esta contribuição, não tem o direito de reclamar no ano seguinte, caso o clube não consiga ir além da Série C, que também é nada no futebol brasileiro. Avaliando friamente, aventurar à Série D neste momento é o mesmo que ter pelo menos 90% de chances de aumentar as dívidas do clube e inviabilizar o projeto que prevê um título do Goianão até 2012. Sejamos então práticos, lógicos, conscientes, conseqüentes. Ainda não temos estrutura para superar adversários inexpressivos como Canendense, Trindade, Santa Helena. O que vamos então fazer numa Série D, onde a exposição oferece claras possibilidades de armazenarmos mais problemas do que qualquer outra coisa? Façamos primeiro a tarefa de casa. A propósito, ‘SE‘‘ estes que agora querem arriscar o clube à forca tivessem aparecido antes, quem sabe uma vitória a mais não nos teria colocado na reta final do Goianão já neste ano? Eu disse ‘SE‘, e o ‘SE‘ no futebol, é muito importante para emoção do torcedor, mas não paga a conta.
Ficar fora da Série D num ano de candidaturas estaduais e federais é uma atitude que precisa ser respeitada. Ou será que nossos candidatos anapolinos têm condições de injetar recursos no futebol como vão fazer no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia? Com a palavra, aqueles que propuseram o tumulto.
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