O crescimento da energia eólica no Brasil é assustador. Há apenas nove anos atrás, em 2.007, o setor era inexpressivo ou quase nada. Agora, o setor vai encerrar o ano de 2.016 com 10 GW instalados e isto representará mais de 6% de toda energia elétrica produzida no país. Em 2.019 deverá chegar a 18 GW e representará 12%. Uma evolução fantástica. Da mesma forma, a previsão do setor, em expansão, é que no ano de 2.027, teremos 28 GW instalados na terra de Cabral. Sabe o que isto representa, prezado leitor? Exatamente duas vezes a produção da segunda maior usina hidrelétrica do mundo, a Itaipu Binacional. Tudo isto feito em silêncio por meio da iniciativa privada, sem poluição ao meio ambiente, sem problema de licença ambiental por se tratar de energia limpa ou verde, vendendo a energia para o Governo Federal, via Aneel, ao preço imposto pelo comprador. Sucesso total.
Por que isto foi possível, tão rapidamente? Segundo o Global Wind Energy Council (Conselho Mundial de Energia Eólica), nosso país tem os melhores ventos do planeta e eles são mais de três vezes superiores à necessidade de eletricidade brasileira. Isto foi a senha para a arrancada rumo ao futuro. Um presente do Criador que propiciou, ainda, que os melhores ventos acontecem exatamente no período seco, época em que os reservatórios das hidrelétricas estão quase no limite. Adicione a estes fatores favoráveis forte investimento privado no setor com visão de futuro com perspectiva de sucesso financeiro e temos a formula deste sucesso. Ou seja: o governo federal de então não atrapalhou o setor, talvez até por descuido. Haja vista que estava mais preocupado com o petróleo do pré sal, as comissões via corrupção, a perpetuação no poder, entre outros! Menos mal.
Segundo ainda o GWEC nosso país tem potencial estimado para 400 GW – quase 30 Itaipus – de fonte eólica, ou seja, há muita coisa a fazer. Porém uma certeza: não vai mais faltar energia gerada por aqui para o povo brasileiro. O que trava o setor ainda é a dependência do governo com relação às licitações para as linhas de transmissão que são, normalmente, longas porquanto os parques eólicos são afastados dos centros de consumo. É sabido que temos parques produzindo energia e sem condições de entregar esta energia aos consumidores. Realmente, depender do governo é o pior negócio, principalmente o anterior cuja ideologia política e econômica dificultava estas licitações e, consequentemente, dificultava o empreendedorismo privado.
Este sucesso é, também, mais uma comprovação evidente de que quando o governo não interfere, no estilo estatismo, por ideologia política ou não, a coisa vai para frente. Resta-nos, aqui, fazer vigilância para que os governos, principalmente o Federal, não interfira no setor e deixe-o crescer sem sustos, traumas e riscos. A iniciativa privada, sem corrupção, agradece. Afinal, chega de empresa pública! Já as temos em demasia!
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