Ninguém pode medir a capacidade da mente humana. Tanto para o bem, quanto para o mal. Quando é para o mal, certamente que há agravantes imponderáveis, inimagináveis. É de difícil compreensão, também a que ponto pode chegar o cinismo de muitas pessoas. São os chamados “caras-de-pau”, aqueles que não têm senso do ridículo, que passam recibo de dissimulados, beirando, muitas das vezes, à própria canalhice. Aproveitadores de primeira e de última hora, verdadeiros trastes sociais. Gente que vem ao mundo para servir de exemplo do mal, do nefasto, do expurgo social. Executores de atos, projetos e propostas que se vêem na contramão da história, maculando o que há de bom, elementos perniciosos, indesejáveis, maléficos ao extremo e que, infelizmente, renascem das próprias cinzas, tantas vezes quantas forem banidos de grupos sociais. Esta gente não sabe o que veio fazer no mundo. Se sabe, escamoteia muito bem, a ponto de passar por despercebida, aproveitando-se das brechas que a lei se lhe faculta para, sorrateiramente viver prejudicando o próximo, desrespeitando os princípios da ética, da moral, dos bons costumes e da honradez.
Agora mesmo, Anápolis e o Estado de Goiás assistem, estupefatos, o surgimento, ou o aborto, de uma candidatura ao Governo, que ultrapassa as raias da imbecilidade, tamanha a discrepância de que ela se reveste. O ex vereador Edward Júnior, que se notabilizou muito mais por se gabar de ser amigo de grandes autoridades federais, incluindo deputados, senadores e ministros, dos quais abusou na confiança, a ponto de se envolver em vários escândalos, em diferentes níveis, se acha no direito, se isso pode ser chamado de direto, em disputar a sucessão estadual. Quanta petulância!
Esse senhor, que tem no currículo – e faz questão e alardear aos quatro ventos – ter sido genro de um dos mais ilustres homens públicos que Goiás já conheceu, o inesquecível Henrique Santillo, (que por sinal nunca gostou dele e não concordava com o casamento deste com sua filha), num acesso de imbecilidade, com um misto de delírio e loucura, teve a infeliz e nefasta idéia, de iniciar a campanha política, igualmente violando o túmulo do ex-sogro.
Em troca de propaganda barata, ele teve a discrepância de levar ao Cemitério São Miguel, o candidato à Presidência da República, José Maria Eymael, para lá, num ato de populismo barato, faturar aplausos de uma meia dúzia de asseclas. Como se já não bastasse uma outra imbecilidade que ele cometeu, ao lançar a candidatura de sua ex-esposa, durante os funerais de Santillo.
Quisesse o senhor Edward Júnior fazer média sobre a memória de Henrique Santillo, bastaria que ele levasse, então, o candidato Eymael, para ver os benefícios que seu ex-sogro fez em Anápolis. Permito-me lembrar-lhe, dentre outras realizações, o sistema de esgoto sanitário, o prédio do Fórum, o Ginásio Internacional os feirões dos bairros, o sistema de água, asfalto na maioria dos bairros e muitas outras importantes obras.
Anápolis jamais perdoará este gesto insano, de uma pessoa insana, mal caráter, que se aparenta imbecil, se já não o for, tergiversar sobre a memória e a história de pessoas de bem. Certamente que a família de Henrique Santillo não estaria concordando com esta insensatez, esta verdadeira afronta às famílias e à história desta cidade. Muito embora, grande parte da população tenha pleno conhecimento da personalidade deste senhor. Seu histórico, pouco recomendável, tanto na política, quanto na vida empresarial, aponta para isso mesmo. Quem já trabalhou para ele, ou quem teve a infelicidade de negociar com ele, sabe, muito bem, de quem se trata. Sorte que o povo anapolino, laborioso, coerente, politizado como é, não se deixará enganar, mais uma vez, por gente dessa laia. Vai passar uma borracha em cima do nome de uma pessoa que nem mereceria ter passado por esta vida. E que, quando for embora, não vai deixar saudade alguma.
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