É fato claro e de consenso mundial que a globalização iniciada no pós guerra de 1.945 foi acelerada fortemente com o advento da internet a partir dos anos 90, do século XX. Esta realidade permitiu ao mundo, através da expansão do conhecimento mundial, vulgo globalização, gozar das vantagens comparativas da economia absoluta de cada país, através do comércio internacional cada vez mais forte. O raciocínio é simples: O regime capitalista se alimenta de lucros. Logo as empresas procuram locar seus negócios onde fatores locacionais (mercado, mão-de-obra, burocracia, carga tributária, facilidade de contratação, logística total e estabilidade política) são mais favoráveis.
Nesta lógica, por exemplo, se é mais barato produzir automóveis no México que nos EUA; se é mais conveniente produzir soja no Brasil do que na China que já não dispõe de terras; a globalização, via comércio, possibilita aos povos gozar destas vantagens comparativas. Por aí vai. Segue-se que cada pais procura especializar em produzir aquilo que suas vantagens comparativas são mais favoráveis em relação a outros países. O sucesso, contudo, depende da relação de trocas internacionais, vulgo comércio internacional. O protecionismo elimina o ganho destas vantagens.
Por isso, quando governos populistas ou pseudo-nacionalistas impõem barreiras comerciais em seus países, através de taxações sobre produtos de outros países com vantagens comparativas, além de premiar a incompetência em seu país, obriga a nação a pagar mais caro pelo produto e joga no lixo ou desperdiça o que poderia ser um ganho interno: consumir produto mais barato produzido em outro país. Normalmente governos usam este modelo de taxação com a visão torta de criar empregos internos.
É o que está em voga no momento. Até porque, nos dias atuais, assistimos o Presidente da maior potência econômica do mundo, anunciar e pressionar empresas americanas a voltar a dar empregos nos EUA, com construção de fábricas, onde as vantagens comparativas são desfavoráveis. Será um tiro no pé, um retrocesso. Uma ´EUAEXIT´ do futuro, plagiando a BREXIT inglesa. A ideia nasceu de uma realidade americana e mundial do momento; a participação dos empregos na indústria americana caiu de 20 para 8% nos últimos 30 anos. Enquanto isto, 25% dos produtos industriais do planeta levam a marca ´MADE IN CHINA´. Geram ciúmes até em gente grande. Trump que o diga.
Há que se observar, contudo, que com a ´Quarta Revolução Industrial´ em andamento, novas instalações industriais, principalmente de automóveis, já não garantem aumento do nível de empregos de humanos. Pelo contrário, servirão apenas para centralizar ainda mais a renda do setor para o ramo da alta tecnologia, tendo em vista que o predomínio agora são de robôs trabalhando, não só nas montagens mas em todos setores das atividades humanas.
Qual o caminho que o império tomará sob a batuta de Trump para satisfazer a classe média desempregada que o elegeu confiante no discurso populista da campanha? É o que assistiremos nos próximos capítulos. O certo é que, em algum momento, os EUA também terão que fazer seu ajuste fiscal. Talvez implantar uma ´Bolsa Família´ melhorada para não deixar na sarjeta os milhões de desempregados que ainda virão com a automação industrial e principalmente os que elegeram o presidente TRUMP.
Quem viver verá.
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