Eleição é coisa séria. Mais séria do que muita gente imagina. Independentemente para que seja, ela é fundamental a fim de que a vontade de maioria se expresse, criando-se a elementar idéia de que a democracia nasce, e cresce, a partir da prevalência do desejo da parte numericamente mais consistente. Pode ser injusto às vezes, mas ainda não se encontrou fórmula mais próxima da satisfação humana. E não é por falta de tentativas. Outros procedimentos já foram experimentados, nenhum deles, entretanto, preenchendo a vontade popular.
Em outubro, a maioria dos anapolinos vai escolher os dezesseis integrantes da sociedade, legalmente habilitados, que assumirão, no começo de 2009, os destinos políticos e administrativos do município: o prefeito (ou prefeita) e os 15 vereadores, se, até lá, não houver mudança relativa ao quantitativo dos membros da Câmara Municipal. As responsabilidades são enormes, tanto para quem vai escolher, quanto para quem vai ser escolhido.
De parte de nós, os eleitores, é uma importante tarefa, composta de civismo, cidadania, compromisso e desejo de uma vida melhor, de uma cidade melhor, de uma sociedade mais justa e mais desenvolvida. Dentre outras coisas. Os eleitores, que na indevassabilidade da urna, num momento único, terão a chance de mudar (para melhor, ou para pior) os destinos de sua comunidade, por certo, devem carregar na mente, e na consciência, desde agora, a lucidez de quem pensa no amanhã, no seu futuro, no futuro de seus filhos, de suas empresas, de seus bairros, de sua comunidade enfim. Uma escolha mal feita agora, somente poderá ser consertada (se for) depois de quatro anos. Até lá, muito tempo já haverá se passado.
Quanto aos candidatos, o que se cobra, o que se pretende, é que eles sejam honestos, o quanto mais possível. Honestos, principalmente, para com eles mesmos. O Brasil precisa se livrar da pecha de país de terceiro mundo, de republiqueta subdesenvolvida, sinônimo de corrupção, atraso e outros tipos de bandalheiras, comuns nos tempos atuais, quando os escândalos não param de eclodir. É uma situação constrangedora, que pode, e deve, ser mudada, a partir do envolvimento de cada um, da vontade de cada um, da seriedade de cada um.
Estaremos escolhendo, dentre muitos candidatos, aquele, ou aquela, que se ocupará do cargo mais importante do município: prefeito (a), com a missão de governar para ricos, pobres, de esquerda, de centro e de direita. Governar para eruditos e iletrados; para religiosos e para céticos. Mas, vai ter de governar. Da mesma forma, elegeremos 15 parlamentares a quem competirá, por força constitucional, criar novas e fiscalizar o cumprimento das atuais leis municipais. Acompanhar a aplicação dos recursos públicos e, principalmente, representarem a sociedade que os eleger.
E, parafraseando o Almirante Barroso, que, na manhã de 11 de junho de 1865, na Batalha do Riachuelo, deixou escrita nos anais da história a célebre frase “o Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”, podemos dizer que Anápolis espera que cada um cumpra com o seu dever. Nesse caso, o dever dos eleitores em selecionar, entre centenas de nomes, os que forem melhores para a cidade. E, na seqüência, o dever dos escolhidos em corresponderem à confiança neles depositada.
Da polarização à união é o desafio pós-eleições
A polarização política intensificada durante o primeiro e segundo turnos das eleições de 2024 trouxe à tona uma série de...