O futuro prefeito de Anápolis, que será escolhido em outubro, vai encontrar pela frente, muitos desafios de uma cidade, agora, centenária. A começar pela própria Prefeitura. Uma máquina administrativa onde estão alojados, aproximadamente, cinco mil trabalhadores, somadas as administrações direta e indireta. É gente precisando ganhar melhores salários, ter qualificação para atender melhor ao público, e, acima de tudo, entender que o povo tem esse direito. Isso, sem contar a necessidade de aumentar a arrecadação para pagar os aposentados cujo número cresce assustadoramente. Em cinco anos, o número de aposentados da Prefeitura vai ser igual, ou maior, do que o de servidores da ativa. Haja dinheiro.
Mas, o novo prefeito não terá somente esse grande problema para resolver. Ele vai encontrar uma cidade que cresce acima da média nacional. Cresce qualitativa e quantitativamente. O número de novas famílias que aportam em Anápolis, todos os dias, é extraordinário. É cidadão que vem em busca de vagas nas escolas, principalmente nas faculdades. É trabalhador que quer emprego nas indústrias do DAIA. É gente que, atraída pela fama que Anápolis experimenta de cidade desenvolvida, vem buscar melhores condições de vida. Todavia, grande parte desse verdadeiro exército chega sem qualificação para o trabalho, sem condições de adquirir residências e passa a engrossar a fila dos chamados carentes. Vão para a periferia, onde se soma aos milhares que já estão por lá, necessitando de água tratada, esgoto, escola, segurança e atendimento para a saúde.
É claro que, além disso, o novo prefeito de Anápolis vai ter pela frente um sem número de ruas, praças e avenidas necessitando de asfalto, redes de esgoto, galerias de águas pluviais e uma série de outras deficiências. O novo prefeito de Anápolis vai ter de encontrar fórmulas inteligentes de comandar a principal cidade do interior do Estado de sorte que ela continue crescendo, progredindo, desenvolvendo. Esta é a receita.
Acontece, entretanto, que o novo prefeito de Anápolis além de muita coragem, desprendimento e capacidade político/administrativa, vai precisar de um ingrediente muito raro hoje em dia: honestidade.
O noticiário nacional, sistematicamente, todo dia, traz uma má notícia a respeito dos políticos em geral. Na maior parte das vezes, relacionada com ladroagem e outros crimes. O povo está que não agüenta mais. Assim sendo, sugere-se que os candidatos à sucessão municipal, além de anunciarem que são, devem provar que são honestos. Até por que, a honestidade é a locomotiva que puxa todos os outros vagões, quais sejam, competência, capacidade, desprendimento, boa vontade, lucidez, criatividade, etc. O povo anda cansado de falsas promessas e de maus políticos. E o povo quando quer, coloca no poder. Mas, também quando quer, derruba do poder. A história ensina assim.
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