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O nosso Haiti particular

de Henrique Morgantini
15 de janeiro de 2010
em Opinião
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Depressão: o último estágio da dor humana

Não sei se é coisa de brasileiro ou se em todo o mundo é assim, e aí isto se tornaria coisa da humanidade mesmo. Mas o fato é que observando o comportamento brasileiro a partir de suas opiniões e pensamentos nas redes sociais na internet, e até mesmo nas reações gerais diante do noticiário, é possível diagnosticar uma série de pontos que são, no mínimo, curiosos.
Esta semana o mundo está recebendo notícias sobre o Haiti. Aquele país do qual, quem conhece muito, conhece da prática do Vodu e da música do Caetano (o Haiti não é aquiiiii). Miséria e tragédias políticas e naturais. Um terremoto fez um estrago incrível. Não foi o primeiro, nem o pior, tampouco será o último. Doze militares brasileiros mortos. Pronto. Este cenário já foi o bastante para que o Brasil se despertasse em doações, preces, manifestações de pesar sem fim. Todo mundo, agora, descobriu que não pode viver sem ajudar ou se comover com o Haiti.
Não obstante, morreu junto com os militares, a fundadora da pastoral da criança, Zilda Arns. Que quem conhecia, já achava que tinha morrido. A esmagadora maioria nem sabe quem foi. É uma senhora de uma história de doação pessoal e grandes trabalhos. Mas foi igualmente o bastante para uma nova onda de consternação.
Diante disto, os brasileiros se tornam solidários, amorosos, sensíveis e dispostos a ajudar a qualquer custo. Um verdadeiro exemplo de amparo ao próximo. Só que o próximo não precisa estar no Haiti.
Aqui mesmo todos os anos, meses, semanas, dias têm gente precisando de ajuda. E, acredite, ajuda bem mais urgente que muitos que estão no Haiti. E ninguém se comove. Há quem queira ajudar haitianos, mas fecha o vidro no cruzamento da Goiás com a Brasil para o trombadinha que pede dinheiro “ou sei lá o que ele pode querer dentro do meu carro”. Lamenta terrivelmente a morte de Zilda Arns, mas se nega a doar R$ 50 ou R$ 100 ao Lar São Francisco ou à Casa Humberto de Campos, de Iron Junqueira.
Somos, sem dúvida, uma gente esquisita que nos deixamos levar pela comoção da mídia, interessada em notícias e demais desgraças para vender sites, jornais e programas de TV. O que é desgraça comove. O que comove, vende. É assim o jogo. E nos deixamos levar sendo capazes de chorar por quem não conhecemos, ajudar quem nunca vimos, ao passo que relegamos a outros planos inferiores os mesmos problemas, ou até piores, que estão bem a nossa frente.
Se por um acaso, você se comoveu com o que a mãe natureza fez com o Haiti, antes de pensar em se mexer por isto, tente fazer o contrário: ajude àquela mãe que pede dinheiro com uma criança no colo no sinal. Ofereça um emprego se puder, um bico. À criança, um leite. Quem sabe eles não precisam deste tipo de ajuda? Ao palhaço que faz graça na frente do seu carro, lhe estenda uma chance, se você puder. Eles também são o Haiti.
Ajude as instituições que amparam as pessoas, lhes dão abrigo, agasalho, comida ou carinho. Nós temos as nossas próprias Zildas Arns por aqui também, só que não recebem o tratamento de heróis nacionais quando morrem. Não nos deixemos levar pela emoção da mídia e esquecer as nossas próprias mazelas.
E lembre-se: “O Haiti é aquiiiiiii”.

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