…e violento, perigoso, sem perspectiva de paz nas favelas dominadas por grupos traficantes de drogas, que declaram e promovem guerra entre si de forma anunciada, sem qualquer possibilidade de comando pelo estado que foi assaltado pelo populismo exacerbado nos último 50 anos e sem luz no fim do túnel. Triste fim para uma cidade já cantada em verso e prosa como ´maravilhosa´ e que, ainda, representa o Brasil mundo afora. Sim, em qualquer lugar que esteja ao responder a pergunta ´Where are you from?´ (De onde você veio/é) com sua resposta Brasil, seu interlocutor exclama: Oh!… Rio de Janeiro!… Carnaval!… Flamengo (sou botafoguense, claro!).
Mas… o que fizeram com a cidade maravilhosa transformando-a na cidade das balas perdidas que matam, das favelas dominadas por grupos que enfrentam a força do estado, determinam o fechamento do comercio, escolas, tudo ao arrepio da lei? O certo é que a história da cidade se confunde com a história de populismo praticado pelos governantes do estado desde a era getulista, com a condução, sempre, para a ótica do pão e circo. De resto, o povo é que se ajuste. E foi o que aconteceu: as favelas foram crescendo e mudando o visual. Obras faraônicas, contudo, nunca pararam e continuam sempre acontecer. Resultado: as favelas mudaram o visual da cidade. Para pior!
Nada, contudo, foi mais avassalador do que a maldição do royalties do petróleo do pré-sal iniciado em 2.008. Num tempo em que o petróleo custava 150 dólares mundo afora, os governos cariocas sentiram-se afogados em dinheiro, via royalties, que achavam não teria fim. Veio o populismo com corrupção forte, o desperdício com gastos desordenados, a doença crônica do nacional-empreguismo, aumentos desordenados de salários e o pior: chegaram as empresas que sugaram a estatal Petrobras até quase levá-la à lona. E o petróleo perdeu força e voltou para 35 dólares. E agora meu povo, o que fazer? E agora, minha gente, como pagar seus altos salários? Endividar ainda mais está sendo o caminho encontrado. O futuro é só incertezas. Simples!…
Apesar disto, a cidade do Rio de Janeiro continua linda! Por isso, a letra da música do cantor/compositor Gilberto Gil – ´Aquele Abraço´ – continua viva e tão atual porquanto traduz a beleza visual da cidade em si (apesar do vultuoso número de favelas em todo seu entorno), do carnaval (fevereiro e março), do futebol (flamengo), dos bairros famosos (realengo) e dos Chacrinhas da vida (muitos nos dias de hoje). Na verdade, contudo, Gil, com a música, despedia-se da cidade da forma que a via (1.969) e se preparava para cumprir exílio na Inglaterra, por determinação do regime militar, então no comando do país.
As perguntas que não podemos mais calar: Até quando seremos comandados por políticos populistas que enganam nosso humilde povo com pão e circo? E por políticos corruptos? Quando teremos um estadista que dirá ao povo que devem se preparar para um mundo cada vez competitivo? E quando teremos estadista que dedicará seu governo a tornar o país, realmente, numa pátria educadora, única forma de melhorar pessoas e um país?
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