Por que as nações crescem? Por que as nações fracassam? Estas duas questões têm sido pesquisadas, com controvérsias variadas, já há muitos e muitos anos. Em 1776, o economista considerado pai da economia Adam Smith (Escocês 1723-1790), pesquisou muito e escreveu a coleção de cinco livros, com o título de ´A Riqueza das Nações´. Esta obra foi e continua sendo fonte de pesquisa desde o início dos cursos de ´Ciências Econômicas´ e serve de parâmetro em comparação com outras teorias, ainda nos dias de hoje. Para Smith a prosperidade das nações advém da sua capacidade produtiva e políticas adequadas de tarifas aduaneiras contribuem para acelerar o progresso. Uma ´mão invisível´ ajusta o mercado.
No livro ´A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo´ o autor Max Weber (1864-1920), após pesquisas, procrastinou que trabalhar e gerar excedente, reinvestir e crescer sempre, dando empregos, é a gênese do capitalismo. Esta foi e é a ética protestante que, convenhamos, deu certo até agora. Evidente que este conceito ou estilo cultural contrastou com a outra cultura até então reinante de que o trabalho era só para satisfazer as necessidades básicas ou subsistência pessoal. Em síntese, a razão contra a emoção ou crença religiosa. Afinal, só o trabalho pode produzir riquezas, convenhamos.
Recentemente a Revista ´The Economist´ elegeu como a obra mais importante de 2.012, o livro ´Porque as Nações Fracassam´ de autoria dos economistas Daron Acemoglu (Istambul, Turquia) e James A. Robinson (Inglaterra). De acordo com o livro, as bases para o desenvolvimento econômico de uma nação são a tecnologia, a educação e a estabilidade política, com a conclusão básica que o desenvolvimento de uma nação é diretamente proporcional à sua democracia. Porém, a nação terá que ter instituições econômicas inclusivas que são aquelas que permitem que a riqueza seja disseminada pela sociedade. No livro os autores propõem que a inovação tecnológica só é possível com políticas inclusivas, e que as autocracias (Ditaduras) temem a inovação. Sistema educacional de qualidade depende da liberdade de expressão e da circulação de informações. Demais, uma conclusão bastante contestada: a ajuda humanitária internacional não tem o poder de melhorar países em desenvolvimento e o autoritarismo não tem poder de gerar progressos sustentáveis, são os conceitos básicos.
Democracia com alternância do poder, tecnologia disponível e em evolução, educação de qualidade e estabilidade política são, então, a essência das bases para o desenvolvimento das nações. Neste contexto, como estamos aqui na terra de Cabral? Nossa democracia, embora nova, mostra-se resistente. Temos Instituições fortes (Judiciário, Polícia Federal, Legislativo, etc…) e isto ajudará muito o futuro de nosso país. Otimo!… Porém, estamos muito mal em educação: temos 16 milhões de analfabetos totais e mais de 30 milhões de analfabetos funcionais. No conceito estabilidade politica também não estamos bem porquanto, ao longo dos anos, criamos uma cultura de que o país tudo pode e é uma mãe de tetas largas e sem fim, o que favorece a criação de instabilidade política uma vez que as pessoas, principalmente as menos assistidas, esperam milagres dos governos e isso abre espaço para o populismo, filme que estamos assistindo, ainda! No quesito tecnologia, temos o setor primário bem posicionado tecnologicamente; no secundário, nossas indústrias estão em decadência ocasionado por políticas públicas inadequadas que impedem a competição, inovação e crescimento e no setor de serviços estamos com pouca inovação seguindo, porém, o ritmo mundial.
No nosso contexto atual temos como crescer ou sair da inércia? O que fazer? Quais os caminhos para a retomada do progresso da nossa nação? Por que estamos de depressão econômica?
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