Nosso país é ´abençoado por Deus e bonito por natureza´ já cantava Jorge Bem Jor nos anos de 1.970. Porém, na mesma música, manifestava sua satisfação com o status quo, reflexo da pobreza de espírito de um povo: ´Sou um menino de mentalidade mediana/ Pois é, mas assim mesmo sou feliz da vida/ Pois eu não devo nada a ninguém/ Pois é, pois eu sou feliz muito feliz comigo mesmo´… (Pais Tropical, parte da letra). Aqui, o grau máximo de felicidade consistia em ter uma ´nêga chamada Tereza´ e torcer por um time de futebol já é a realização de um sonho máximo na arte de ser feliz. Evidente que toda essa situação contrasta com o espírito do capitalismo pregado por Max Weber, no livro ´A Ética Protestante´, que em última análise, prega a evolução constante, a melhoria contínua sempre, reinvestimento como fonte de geração de novos empregos de forma contínua. Sempre em frente, leia-se…
Pois é! Porém, aqui na terra de Cabral ´em se plantando tudo dá´ já dizia o português Pero Vaz de Caminha em carta enviada ao rei Dom João VI, no ano de 1.500. Estava certo! Temos todas as condições de produção e estamos tornando-nos, já, o celeiro do mundo em produtos agrícolas. Boas terras, climas favoráveis para qualquer tipo de cultura, excelentes trabalhos de novas tecnologias, evolução permanente, pouco intervenção do estado, com exceção de grupos de desocupados chamados ´Sem Terras´, fazem do nosso setor primário um sucesso mundial, cuja alta produtividade compensa a falta de infraestrutura (estradas precárias, ferrovias que não funcionam, hidrovias castigadas pela falta de chuvas e mal conservadas, opção pelo transporte rodoviário, etc). Sim, apesar disto, é inegável que este setor tem sustentado a nação brasileira nos últimos anos.
Por que não conseguimos sair do estado de país em desenvolvimento? Qualquer pessoa, ainda que de ´mentalidade mediana´ sabe avaliar que não existem milagres em economia e que, se gastar mais do que ganha por mês, em pouco tempo estará falida. Da mesma forma, se tem uma despesa crescente e uma receita estática, não durará muito sua estabilidade financeira. O remédio será sempre procurar diminuir as despesas ou tentar aumentar a renda com mais trabalho, hora extra ou algum trabalho que lhe possibilite aumentar os ganhos. Elementar, podemos dizer. Pois bem, num país, qualquer que seja, funciona da mesma maneira. No país chamado Brasil, também!
A história registra que nosso país iniciou sua cultura de políticos populistas a partir dos anos 1940, com a ascensão do Presidente Peron na Argentina e Getúlio no Brasil. E isto não teve fim. Criou-se, então, a figura do estado protetor ou estado tudo pode. Para permanecerem no poder, ditos políticos foram acrescendo regalias sem fim. Fizeram uma Constituição em 1988 que o próprio mentor chamou-a de ´Constituição Cidadã´, onde escreveram a palavra ´Direito´ 76 vezes e apenas 4 vezes a palavra dever. Porém, nada disto conteve os populistas de plantão. A seguir vieram: Previdência Social desajustada, bolsas disto e daquilo para quem não trabalha e não se importa em melhorar de vida, dinheiro fácil para compras por quem não tem perspectiva de futuro, criando a falsa ilusão de que milagres existem, visando com isto a manutenção no poder através do voto dos eleitores de cabresto. O resultado não poderia ser outro: o dinheiro acabou e a festa também! E agora?
A receita deverá ser a de sempre: conter a hemorragia financeira do Estado brasileiro, criar consumo sem aumentar a inflação e possibilitar que as empresas e as pessoas voltem a trabalhar e produzir riquezas, afinal, não temos outra saída. Aumento de impostos inviabiliza ainda mais nosso parque industrial em decadência e já sem condições de competitividade, criando mais inflação porquanto serão repassados aos custos, lógico! Como fazer tudo isto, todos os políticos sabem. Só não fazem porque não querem ou são populistas. Manifesto aqui minha esperança no Governo atual no poder na esperança de que vista a camisa da realidade e volte os olhos para o futuro.
A nação merece! Nosso país também!…
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