Previdencia social: por que não corrigir as injustiças?

Relembrando: Nossa incansável previdência social contempla a aposentadoria precoce. Enquanto no mundo a aposentadoria acontece entre 63 e 67 anos de idade, com 40 anos de contribuição, no Brasil ela acontece em média de 53 a 55 anos, após contribuição de 35 anos. É bom relembrar, também, que nosso país é um dos poucos a adotar a aposentadoria por tempo de contribuição. Por outro lado, a expectativa de vida do brasileiro já é de 78 anos de vida atualmente. Isto quer dizer que nosso aposentado, precoce, permanece pendurado na fiel Previdência por 25 em média. Nossa Previdência contempla, ainda, um regime de pensões mais generoso do mundo. Por exemplo, uma mulher de 20 anos que se casa com um senhor de 80 e fica viúva no mês seguinte vai herdar uma pensão integral por quase 60 anos. Muito bom negócio, diga-se!…
As situações acima são ruins e aceleram o déficit da Previdência Social brasileira. Porém, são irrelevantes em relação ao que há de pior no sistema que são as INJUSTIÇAS REINANTES. Haja vista que funcionários públicos, Brasil afora, (Federal, Estadual e Municipal), quaisquer deles, hoje mais de 10 milhões, aposentam-se, precocemente e com salários integrais de até R$ 33.600,00, às vezes mais que isto, e ainda acumulam vultuosas pensões. Este contingente de aposentados e pensionistas consomem mais de 60% (sessenta por cento) do orçado para o ano de 2.017, de R$ 561 bilhões.
Enquanto isto, mais de 18 milhões de brasileiros aposentados recebem apenas um salário mínimo, sendo certo, porém e também que, em grande maioria, são oriúndos do setor rural e também nunca contribuíram para o sistema. Em torno de 3 milhões de aposentados da iniciativa privada (indústria, comércio e serviços), são aposentados entre um salário mínimo e o teto de, agora em 2017, R$ 5.531,00. Estes porém, após 35 anos ou mais de contribuição. Lembrando que só atinge o teto se aposentar aos 65 anos.
Resultado disto, perverso, é que, nos dias de hoje, tornar-se funcionário público, em qualquer dos Três Poderes, tornou-se sonho da grande maioria dos brasileiros, principalmente no Judiciário, onde pagamos (povo) os melhores salários. Por isto a indústria de concursos públicos é uma da mais rentável no país. Como solução nossa PREVIDENCIA, quebrada, é sustentada, na maior parte, pelo Estado brasileiro que não tem poder de fabricar dinheiro mas apenas repassar os impostos cobrados de quem sustenta a excessiva carga tributária brasileira. Como reflexo destas anomalias, temos o Estado sem recursos para fazer suas obrigações de promover Educação, Saúde e segurança e caminhamos para o caos total. As questões, relevantes, são: Como não corrigir? Como não promover a justiça social que é um dever do Estado? Por que ser contra a propalada reforma da Previdência? A quem interessa o status quo?
Evidente que a manutenção do ´Status Quo´ interessa aos mais beneficiados. Descubra-os acima. Com certeza, quem é contra a correção das injustiças e que protestam contra o que está em análise no Congresso Nacional, principalmente a unificação dos quesitos em que todos serão iguais nas aposentadorias (Idade 65 anos, limite de R$ 5.531,00), não são os mais de 21 milhões de aposentados com um salário mínimo ou, no máximo, o teto. Porém, a sorte está lançada. A hora da mudança é agora! Consertar o que não é justo, corrigir as distorções é a missão de cada brasileiro neste momento. Procurar entender, propor as soluções justas é o melhor caminho. Simplesmente protestar e ser contra sem explicitar as razões é torcer para o caos do sistema e da nação brasileira. Não é a melhor solução. Afinal, sem Reformar a nossa Previdência, o país não retomará o caminho do futuro e do sucesso. Você decide!…