Num tempo ainda de pouca corrupção, 1991/1992, a fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, empresa vinculada ao Ministério do Planejamento, fez um grande trabalho de pesquisa e concluiu que as empresas estatais davam prejuizo anual correspondente a 1,5% do PIB do País, coisa equivalente a R$ 1OO bilhões nos dias de hoje. Em tempos modernos com corrupção reinante, impunidade e tudo mais, não é assustador que este índice tenha atingido a 2% do PIB, ou R$ 135 bilhões por ano. Apesar disto, nenhuma empresa pública quebra porque os governos sempre injetam mais recursos. Quem paga isto? O sofrido e pobre contribuinte brasileiro, principalmente os mais pobres, via impostos inclusos em tudo que consome de bens e serviços. A questão que se levanta é: para que servem e para que serviram as 125 empresas do Governo Federal, que representam 20% do PIB brasileiro nos dias de hoje? Da mesma forma, e as empresas dos Governos Estaduais e Municipais?
Acertou quem disse que serviram e servem para políticos encastelados no poder, para venderem politicamente as vagas de cargos por indicação, negociações políticas fúteis para seus cabos eleitorais, entres outros. Acertou quem disse que estas realidades prontas das empresas públicas, ocasionam o seu inchaço e isso é a principal causa de seus prejuízos constantes; que outros beneficiados são os políticos, funcionários públicos e empresários corruptos emparceirados com os partidos políticos e suas campanhas para se manterem no poder. Acertou maior quem entendeu porque os políticos no poder não gostam de ouvir a palavra ´privatização´. Afinal, a privatização diminue seus poderes de negociação via o toma-lá-dá-cá político. Porém, faz um bem muito grande para a nação e o País. Simples!
Por aqui em Goiás, recentemente, a competentíssima Secretária da Fazenda do Estado de Goiás, Ana Carla Abrão, anunciou que todas as empresas públicas goianas são deficitárias. Nada errado. Sem novidades! Afinal, todas ou quase todas as empresas públicas nacionais são deficitárias. Isto é a regra. Bato palmas, portanto, para o Governador Marconi Perillo por conseguir privatizar a CELG D, empresa sucateada e perdulária. Baterei ainda mais palmas se o Governador tiver coragem de anunciar a privatização das demais empresas públicas goianas deficitárias como METROBUS, SANEAGO, IQUEGO, GOIASGÁS, CEASA, AGEHAB GOIASINDUSTRIAL, PARCERIAS, FOMENTO.
Da mesma forma, em nível nacional, bato palmas ao Presidente Michel Temer por anunciar, recentemente, a privatização e a concessão de vários ativos mal administrados no campo de eletricidade, aeroportos e rodovias federais. Baterei palmas sempre que um Poder Público anunciar a privatização de uma empresa estatal. Afinal, tenho convicção plena que a função do governo é governar, dando segurança, saúde e educação de qualidade para o povo, única forma de possibilitar a qualidade de vida e melhorar pessoas no futuro. Este é o caminho. Não existe outro. Afinal, o Estado não nasceu para ser empresário.
Por outro lado, é preciso certificar que, como diz o escritor Rodrigo Constantino: ´quando o governo impede que uma empresa estatal quebre, injetando dinheiro do contribuinte, ele está protegendo a incompetência e emperrando o progresso e a inovação, além de fomentar a corrupção´.
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