Independentemente da recorrente ampliação do Daia, a criação do chamado Daia 2 é uma promessa de campanha do governador Marconi Perillo, em caráter de urgência, que ainda não saiu do papel. Nem deveria sair. A implantação de um novo complexo fabril em outra região do município, além de ser inviável, no momento, pela falta de recursos para grandes investimentos, por parte do Estado e da iniciativa privada, provocaria considerável aumento de custos operacionais das indústrias e significativa redução de atrativos dos pólos estratégicos localizados em um só lugar.
Localização estratégica, no centro do país, entre Goiânia – 54 km – e Brasília – 130 km. Eixo do Corredor Goiânia-Anápolis-Brasília. Distante 1.300 quilômetros de 60% do PIB brasileiro. Entroncamento de três importantes rodovias federais – BR 060, BR 153 e BR 414. Ramal das ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica. Aeroporto de internacional de cargas em construção. Maior porto seco do Centro-Oeste. Pólo industrial com 200 indústrias e 20 mil trabalhadores. Pólo farmacêutico segundo maior do Brasil e maior fabricante de medicamentos genéricos da América Latina. Pólo logístico vai operar os modais terrestre, ferroviário e aéreo para distribuição aos mercados interno e externo, com a consolidação da Plataforma Multimodal de Goiás e o advento do entreposto da zona franca de Manaus. Pólo universitário com duas universidades, várias faculdades e uma centena de cursos técnicos, tecnológicos e superiores. Centro de convenções, cartão postal do moderno anel viário. Tudo junto.
Referenciais competitivos e potenciais articulados, integrados e interligados ao pólo industrial, farmacêutico, logístico, universitário e distribuidor são independentes, mas fazem parte de um conjunto. É a diferença que transforma Anápolis em uma cidade estratégica, não apenas por sua privilegiada localização geográfica, mas pelas vantagens que oferece para investimentos. Não obstante o Daia 2 venha a ser implantado em região próxima não se justifica começar tudo do zero. Não bastassem os prejuízos causados à logística integrada do complexo atual seria mais viável ampliar e melhorar a infra-estrutura e a estrutura existentes.
A industrialização de Anápolis enfrenta gargalos terríveis, como entraves burocráticos para a emissão de licenças ambientais e alvarás de construção e funcionamento, entre outros, sem contar a falta de energia elétrica e a necessidade de melhorias do sistema de tratamento e emissão de esgoto.
Por que não repensar a implantação do Parque Tecnológico em outro local e priorizar a ampliação do Daia? Mais de 200 alqueires no Município de Anápolis, imediações do povoado Igrejinha, podem ser adquiridos ou permutados. O centro tecnológico continuaria nos planos do Governo do Estado, da Prefeitura de Anápolis e dos investidores, para um segundo momento, conquanto a ampliação do Daia é uma questão de prioridade máxima. Para ontem.
Anápolis está na rota do desenvolvimento do país, como uma das principais cidade brasileiras para investimento e para se viver por uma série de fatores, como a posição geográfica privilegiada, com acesso aos maiores mercados de consumo do país, mão de obra abundante e qualificada, boa infraestrutura econômica, linhas de crédito competitivas, através de incentivos fiscais, e um mercado de consumo regional em plena ascendência. O Daia é a engrenagem deste desenvolvimento singular.
Quem quer mais, atualmente, vem para Goiás, direto para Anápolis, o melhor negócio do Brasil, mas o drástico momento econômico porque passam o Município, o Estado e o País, e de forma mais aguda a iniciativa privada, inviabiliza a injeção de elevados recursos em obras de grande porte que podem ser adiadas. O projeto Daia 2 deve ser abortado, até porque dificilmente ele vai sair do papel.
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