Para revitalizar minhas sempre pujantes esperanças e sonhos, já revisando, também, meus anseios do ano novo que logo se avizinha, recorro-me aos versos do poeta gaúcho Mário Quintana (1.906-1.994), do poema Esperança:
´Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano/Vive uma louca chamada Esperança/E ela pensa que quando todas as sirenas/Todas as buzinas/Todos os reco-recos tocarem/Atira-se E: — ó delicioso vôo/Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada/Outra vez criança/E em torno dela indagará o povo:—Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?/E ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA´
É preciso ter esperança! É preciso saber viver! Sim, do adágio popular aprendemos que a esperança é a última que morre ou enquanto tiver vida tem esperança. Às vezes ela morre, às vezes não! Até porque a morte da esperança significa a morte dos nossos sonhos. É sabido que envelhecemos quando desistimos de sonhar. Logo, não é conveniente desistir de sonhar e ter esperanças. Quintana nos convida a renovar sempre as esperanças como sempre o fazemos quando do início do ano novo, pela esperança de dias melhores. Temos esta tradição: afinal, 2.018 será melhor que 2.017. Será?
Podemos, então, desde já, reforçar nossos sentimentos de esperança e fé, enchermo-nos de entusiasmo para que possamos acreditar que é possível fazer dar certo o País que tanto amamos (Brasil) que fora saqueado nas últimas três décadas por políticos e empresários corruptos, e, por isto, foram sucateados os direitos mais sagrados dos cidadãos de bem (saúde, educação e segurança).
Porém, podemos ter a esperança no aumento da cidadania da nação que, doravante, ficará de olhos abertos nas nossas lideranças populistas de plantão. Podemos ter a esperança que nosso povo, nas eleições do próximo ano, não mais votarão em políticos corruptos, até porque já os conhecem, pelo nome, a todos. Da mesma forma, não reconduzirão ao poder os corruptos que lá estão.
Esta será a mudança dos nossos sonhos. Vamos ter es-pe-ran-ça juntos? Seriam sonhos ou devaneios meus/nossos? O certo é que quando se sonham juntos, a realização fica mais fácil. É hora de começar a pensar no assunto.
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