Já de há muito tempo os robôs fazem parte do cotidiano das maiores fábricas mundo afora, realizando trabalhos repetitivos com mais perfeição que a mão de obra humana. Com uma diferenciação fundamental: não têm legislação trabalhista nem sindicatos atrapalhando, não reclamam, não fazem greve e não entram com ações trabalhistas quando envelhecem ou são substituídos por outros mais modernos e eficientes.
O fato é que, num mundo cada vez mais competitivo, no Japão, como o apoio decisivo do Governo, 200 empresas e várias Universidades se uniram para criar o que chamaram de ´Conselho da Revolução Rubótica´, visando popularizar os robôs nas indústrias daquele País. A justificativa do projeto é que a população japonesa está envelhecendo e há uma previsão de no ano 2.060, a força de trabalho por lá ser de, apenas, 50% do que é nos dias de hoje. Tudo caminha favorável para que, aquele país seja destaque na inovação, mais do que já o é, sendo a cidade de Tóquio o maior centro de inovação tecnológica do mundo. Quem viver verá e assistirá esta cena!
A inovação que chega, contudo, não é privilégio japonês. Preparem-se trabalhadores!… Segundo um estudo feito pela PricewaterhouseCoopers, empresa inglesa de renome mundial, com Diretores das maiores empresas de todo o planeta, a popularização destas máquinas, cada vez mais inteligentes, veio para ficar em decorrência do seu barateamento. O interessante é que pelo menos 60% destes diretores consultados, mundo afora, afirmaram que, já de imediato, demitirão pessoas ou trabalhadores. E não se iludam: os robôs desenvolvidos atualmente não só trabalham na produção industrial. Eles atuam em pesquisas e desenvolvimentos, atendimentos aos consumidores, fazem vendas, controlam finanças e até fazem propaganda. Ou seja: fazem tudo.
Neste contexto inovador mundial, os empregos qualificados estão em alta e têm crescido mundo afora. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Utrecht, Holanda, de 2.000 a 2.011, em toda Europa, este crescimento foi de 19% acima da média de outros postos de trabalho criados. Em 2015, 10% dos trabalhadores europeus já estavam laborando em áreas de alta tecnologia. A questão é: E agora, José despreparado? O que te aguarda no futuro? A pensar.
Enquanto isto, aqui na terra de Cabral, os mais de 15.000 Sindicatos fazem a festa, literalmente. Aproveitando uma legislação trabalhista ultrapassada, com mais de 70 anos, de um tempo em que 40% dos brasileiros não sabiam ler ou escrever, fazem de tudo para atrasar, ainda mais, nosso país. Aqui uma empresa não pode terceirizar nada e tem que fazer todo o processo com vistas à produção de qualquer bem, não pode negociar diretamente com o empregado o salário, horas de trabalho, qualquer compensação, eficiência, etc… Não! Tudo é proibido! O sindicato não aceita e a lei não permite. Que quebre a empresa! E é o que tem acontecido, Brasil afora. ´O trabalhador não poder perder nada´. Este é o discurso. Porém, caminham, celeremente, para perder a esperança de um trabalho digno. Triste sina de um país que caminha para o atraso.
Enquanto caminhamos para o atraso e não reformamos a nossa envelhecida legislação trabalhista e da mesma forma, não preparamos nossas novas gerações para a competição mundial, cada vez mais acirrada, não nos restará outro caminho que não o ficar, eternamente, em berço esplêndido, felizes em estarmos vivendo no Terceiro Mundo. Se você, prezado leitor, não quer assistir tudo isto, será oportuno sua participação no processo de reformas que nosso país precisa e que logo, de uma maneira ou de outro, terá que fazer. Afinal, neste mundo cada vez competitivo e inovador, quem vai dar empregos para os 12 milhões de desempregados brasileiros? Resposta muito fácil: NINGUÉM!…
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