Trânsito quase em colapso

O trânsito no centro de Anápolis está próximo de um colapso. O drama é maior, quando ocorre algum acidente na Avenida Goiás ou na Avenida Brasil, o que tem sido quase que uma rotina, principalmente nos horários de pico. A Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) tem procurado melhorar a sinalização, fazer campanhas educativas. No entanto, o pensamento corrente é que não há mais como adiar o Plano de Mobilidade Urbana, para buscar soluções planejadas de curto, médio e longo prazo.
A Prefeitura de Anápolis, junto com a CMTT, a Polícia Militar, o Ministério Público, o Detran e as entidades representativas do empresariado local, poderiam amadurecer o projeto, por exemplo, realizando reuniões setoriais, já que a questão do trânsito não é restrita apenas ao centro. Mas, também, é um problema dos moradores dos bairros. Obviamente que passa por essa discussão, o sistema de transporte de massa. O município tem uma experiência de integração que é modelo no país e pode ser aprimorada. Aliás, o transporte de massa é uma peça chave para o planejamento do trânsito. Por isso, deve ser uma discussão isenta de paixões políticas.
Além disso, como o próprio nome sugere, o Plano de Mobilidade deve ter como ator principal- e não como um coadjuvante – o pedestre. E aí, tornando-o um parceiro e não um adversário. Pedestre, como os condutores de veículos, também devem estar atentos às regras de locomoção. Ainda é uma cena muito comum, pessoas atravessando pistas de alta velocidade, a poucos metros da faixa de travessia. Este é um exemplo de trabalho de longo prazo, que deve começar com as crianças em idade escolar, para criar uma consciência. No futuro, elas serão melhores pedestres e melhores motoristas.
As intervenções que a cidade necessita para harmonizar e humanizar o trânsito, são muitas e se avolumam na medida em que o tempo vaio passando. Por isso, é preciso começar logo, ainda que sem nenhuma obra grande a realizar. Mas, pelo menos, discutindo caminhos a serem seguidos. O que não podemos é apenas ficar no PARE.