O ano de 2017 foi positivo para o setor produtivo. Tivemos muitos desafios e há, ainda, muitos pela frente para que o País possa superar a crise política e econômica que vem se arrastando desde 2014. No entanto, os sinais de que este ciclo de crise já está passando começam a ficar cada vez mais evidentes.
Este ano, ocorreram duas vitórias importantes para o setor empresarial: a aprovação da terceirização e a modernização da legislação trabalhista. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do Conselho de Assuntos Legislativos, teve um papel importante no acompanhamento dessas matérias e nas contribuições para melhorar as propostas. Tive oportunidade, como membro do Conselho, de presenciar esta verdadeira guerra que foi travada no Congresso Nacional. Mas este trabalho valeu a pena e temos, hoje, uma legislação que começa a tirar o País do atraso.
Outra conquista foi a convalidação dos incentivos fiscais. Até então, as indústrias contempladas com benefícios fiscais viviam uma grande insegurança jurídica e havia, também, a possibilidade de que houvesse ressarcimento de valores, o que traria enormes prejuízos às empresas, podendo, em muitos casos, inviabilizá-las. Fizemos este embate, junto com o Governo de Goiás, e obtivemos sucesso. Não só o nosso estado, mas também outros estados da federação que necessitam dos incentivos para fomentar a economia.
No caso de Anápolis, o Município também tem reagido bem à crise. O último resultado do PIB, de 2015, aponta um crescimento de quase 5% frente ao ano anterior. Temos muitos desafios para 2018. Precisamos tirar do papel o aeroporto de cargas, o centro de convenções, o anel viário do DAIA e a plataforma logística. Precisamos de um diálogo melhor e ações contrutivas por parte da Companhia de Desenvoovimento do Estado de Goiás (Codego), para com as empresas dos distritos industriais, pois temos muitos empresarários que arriscam o seu capital para empreender e não têm recebido um tratamento à altura por parte do órgão. E, também, precisamos estimular a criação de polos industriais no Município com investimentos privados.
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