De todos os investimentos feitos pelo Governo de Goiás em Anápolis, nos últimos anos, o mais emblemático foi a instalação de um novo sistema de tratamento de água (Estação Compacta de Tratamento) no parque da SANEAGO, que fica no Jardim das Américas. Não que a obra seja a solução para os problemas da falta de água registrados ano a ano, com mais frequência, com mais preocupações até hoje. Mais do que isso, é porque tal projeto significa um alívio, mesmo que temporâneo, para uma das maiores aflições que o povo de Anápolis tem experimentado nos últimos tempos.
Convenhamos que ninguém, absolutamente ninguém, se sente confortável com a falta de água nas torneiras. Seja na residência mais humilde, seja na moradia de alto padrão. Seja no pequeno comércio de bairro, seja na grande empresa comercial e/ou industrial. Todos nós, de uma forma, ou, de outra, necessitamos desse bem insubstituível. E, para uma cidade que se propõe a ser uma pequena metrópole, como é o caso de Anápolis, a oferta de água nas torneiras é fundamental, inquestionável e totalmente essencial. Para ficar só nisso.
Anápolis recebe cerca de R$ 60 milhões de investimentos para enfrentar crise hídrica
O Governo de Goiás toma uma atitude importante, responsável e extremamente positiva ao correr contra o tempo e instalar o novo equipamento. Claro que, além da estação compacta, outros investimentos “de última hora” foram adotados para não deixar o anapolino “na mão” no que tange ao abastecimento de água. Uma cidade do porte de Anápolis, beirando os 400 mil habitantes, necessita, mais do que nunca, de um plano diretor de saneamento básico, tendo a água potável como âncora. Não se vive sem água, não se evolui sem água, não se edifica sem água, não há como ficar sem água.
O Governo Estadual, pelo visto, compreende isso e retribui a Anápolis, com este e outros investimentos anunciados, como solução para se equacionar um problema que, diga-se de passagem, não é só do povo anapolino. As reservas de água potável mais acessíveis estão se esvaindo, estão desaparecendo. E, se não houver uma tomada de posição imediata, com a instituição de políticas inteligentes, projetos duradouros, eficazes e imediatos, corremos o risco de entrarmos para uma situação caótica. Quanto mais o tempo passar, mais ficará difícil encontrar água para o consumo humano. As nascentes estão sendo extintas, os córregos, riachos, lagos, rios e outros mananciais estão secando. As reservas ficam, cada vez mais, reduzidas.
Assim sendo, há uma corrida inadiável a ser observada. Dotar Anápolis de uma boa reservação, de um projeto avançado de tratamento, acondicionamento e distribuição de água racionalmente. É uma decisão inadiável, urgente e necessária. Os primeiros passos, felizmente, têm sido dados. Mas, a trajetória é longa. E, Anápolis tem pressa. Há anos que os empreendedores do setor imobiliário esperam por esta resolução, para dinamizarem seus projetos para a edificação de condomínios horizontais e verticais, prédios comerciais e industriais e uma série de outros investimentos, impossíveis de se realizarem, enquanto a Cidade não lhes oferecer água de boa qualidade e em grande quantidade.