Base sólida
No último ano de seu segundo mandato, o prefeito Roberto Naves (Republicanos) caminha para ser o primeiro chefe do Executivo anapolino a cumprir, na integralidade, 8 anos à frente do comando político-administrativo do município.
Além disso, nesses 8 anos, Roberto teve uma base de apoio sólida na Câmara de Vereadores, o que foi importante para garantir a governabilidade e a realização de vários projetos, entre eles, o Anápolis Investe. Assim, o atual prefeito tem cacife para jogar jogo de sua própria sucessão.
Além do legado de sua administração, que deve ser trunfo para quem ele apoiar. Mesmo não sendo candidato, é uma peça fundamental no tabuleiro político da cidade.
Bagagem
Já colocado como pré-candidato do PT, o deputado estadual e ex-prefeito Antônio Gomide traz para o contexto das eleições desse ano, duas gestões à frente da Prefeitura, com elevados índices de popularidade. Ele não terminou o segundo mandato, por ter optado à época, disputar o Governo de Goiás.
Não ganhou aquela eleição, mas não perdeu o cacife e foi eleito e reeleito deputado. Tem na sua bagagem política muita coisa para apresentar, do passado como gestor e do presente como legislador e, obviamente, vai colocar isso quando for o momento da campanha, após as convenções validarem o seu nome.
O que é dado praticamente como certo. Sendo assim, as gestões de Gomide (ex-prefeito) e de Roberto Naves (atual prefeito) vão estar no centro dos debates do pleito de outubro.
Movimentação política
O vice-prefeito Márcio Cândido arregimentou várias lideranças políticas e religiosas, sobretudo, de denominações evangélicas, ao qual ele tem um bom acesso, para uma reunião em palácio com o governador Ronaldo Caiado.
Ele busca consolidar o projeto de disputar a Prefeitura de Anápolis e um apoio de Caiado teria um impacto positivo, primeiro, por fortalecer seu projeto junto à direita e, segundo, e não nessa ordem, porque o candidato apoiado pelo governador deve ser o candidato apoiado pelo prefeito Roberto Naves.
Outra movimentação política ocorreu no ato de filiação do presidente da Câmara Municipal, Dominguinhos do Cedo, no PDT. Além de vários correligionários, ele também levou para o evento o prefeito Roberto Naves (presidente estadual do Republicanos); Jakson Charles, presidente municipal do PSB; Leandro Ribeiro, presidente municipal do PP e a deputada do partido, Vivian Naves; Márcio Cândido, do PSD e uma série de outras lideranças.
Faísca e coração
Na sessão ordinária do último dia 13/03, o presidente da Câmara Municipal, vereador Dominguinhos do Cedro (PDT) e o seu colega vereador Policial Suender (PL), protagonizaram uma “troca de gentilezas no parlamento.
Suender disse que Dominguinhos não sabe ser vereador. Em resposta, Domingos respondeu que está no terceiro mandato e que disputou e venceu a presidência da Câmara com 16 votos, enquanto Suender, concorrendo ao cargo, só teve o próprio voto.
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Os ânimos se exaltaram e a situação foi contornada no modo sossega leão (não o da Vila Formosa, que também deu uns rugidos nessa discussão), mas com um coração enviado por Dominguinhos para Suender.
Coisas do parlamento.
Nova composição
Até o fechamento da janela partidária, dia 5 de abril próximo, vereadores em exercício de mandato poderão trocar de partido para concorrerem a cargos eletivos este ano. O vereador Dominguinhos do Cedro deixou o PV e migrou para o PDT.
A vereadora Thaís Souza saiu do PP para o PMB. Wederson Lopes trocou o PSC pelo UB. Frederico Godoy deixa o Solidariedade e desembarca no Agir.
Já o vereador Suender migrou do PRTB para o PL. Lisieux Borges deixa o PT para se filiar no PSB. O vereador Delcimar Fortunato, eleito pelo Avante, migrou para o PSDB. Mudanças no que aí está e novas mudanças ainda podem ocorrer.
Certo é que, quando a janela se fechar, a Câmara Municipal terá uma composição bem diferente. Bancadas deixarão de existir e outras vão surgir.
Propaganda antecipada
O tribunal Superior Eleitoral editou uma série de resoluções que vão nortear as eleições desse ano.
Uma delas, a de nº 23.610 trata de uma questão importante no processo: a propaganda.
E, aqui, cabe um registro sobre a propaganda antecipada: a Justiça Eleitoral considera propaganda antecipada- e passível de multa- aquela divulgada extemporaneamente cuja mensagem contenha pedido explícito de voto, ou que veicule conteúdo eleitoral em local vedado ou por meio, forma ou instrumento proscrito no período de campanha.
Ainda conforme a resolução, o impulsionamento de conteúdo político-eleitoral, nos termos como permitido na campanha também será permitido durante a pré-campanha, desde que não haja pedido explícito de votos e que seja respeitada a moderação de gastos.
- No ato de filiação de Dominguinhos do Cedro ao PDT, a advogada Mariane Stival teve seu nome colocado como pré-candidata do partido.
- Anteriormente, o PDT havia recebido a filiação do ex-prefeito Pedro Sahium, com a indicação de seu nome para ser o pré-candidato da legenda. E agora, José? Ou melhor: E agora, George?
- Até quarta-feira, 13/03, haviam sido eleitos 27 dos 30 presidentes de comissões permanentes da Câmara dos Deputados. Nessa leva, faltando apenas três para definição, nenhum parlamentar goiano teve indicação. E, apenas três mulheres, também nesse grupo, vão comandar comissões.
- O presidente da Câmara Municipal, Domingos Paula (PDT) deu um “puxão de orelha” no diretor de Vigilância Sanitária, Gúbio Dias, para o retorno do Castramóvel, após pedido nesse sentido ter sido feito pela vereadora Thaís Souza (PMB), madrinha do programa.
- Leandro Ribeiro (PP), admite que poderá apoiar outro projeto político, caso o seu- de disputar a Prefeitura de Anápolis- não seja consolidado. Contudo, ele se mantém firme no propósito de estar no páreo.
- O Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério Público Federal, a Agência Nacional de Telecomunicações e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil são algumas das entidades que se unirão ao TSE no combate às fake news, deep fakes e outras falsidades na campanha.