Viajo muito, tanto pelo Brasil quanto pelo exterior. Algo que tem me chamado a atenção é o crescimento da população de rua em todos os lugares. Essa triste realidade já não é mais uma exclusividade das grandes metrópoles: há mendigos em todo lugar! Além de cada vez mais numerosos, essa parcela da população mundial também tem se diversificado: negros e brancos, letrados e analfabetos, jovens e idosos, solitários ou famílias inteiras.
Recentemente, em uma viagem com um grupo de missionários à Argentina, surpreendeu-nos a quantidade de mendigos nas ruas de Buenos Aires. Em cada rua do centro da capital portenha é possível ver colchões e pertences sob as marquises indicando que ali é a casa de alguém. Uma peculiaridade que pudemos notar é que não são pessoas agressivas, que insistem nos pedidos de ajuda constrangendo os transeuntes. Como tenho um interesse por esse grupo e pela experiência de três décadas de ministério, posso dizer que são mendigos pacíficos, discretos e silenciosos. Ainda mais invisíveis que de costume.
Rubens Otoni tem avaliação máxima do Índice Legisla Brasil
Duas esquinas à frente do hotel onde estávamos hospedados, numa das ruas mais bonitas e movimentadas da cidade e bem próximo do Obelisco, um dos pontos turísticos mais famosos dali, havia uma família inteira vivendo na rua. Adultos dividiam o espaço com quatro crianças que usavam toucas maiores que suas cabeças tentando se proteger do vento frio. Alheias à correria da capital do tango, elas brincavam com caixas de papelão e faziam barulho. De onde vieram aquelas pessoas? Por que estavam ali? Alguém poderia ajuda-los? Qual seria o futuro daquelas crianças? Sobreviveriam ao inverno? Jamais teremos respostas para essas perguntas.
A população de rua está cada vez mais visível. A Bíblia alertou que sempre haveria pobres na terra, porém outro aspecto, que também é bíblico, me faz refletir sobre o motivo do aumento dessa população: o esfriamento do amor. A tendência é que o número de andarilhos, pedintes, maltrapilhos e miseráveis aumente e a indiferença a esta gente cresça na mesma proporção.
Eu e você, que conhecemos o amor de Deus e nos intitulamos cristãos, não podemos deixar que isso aconteça conosco. Precisamos ser a diferença que queremos no mundo e, principalmente, fazer diferença na vida do maior número de pessoas possível. Se você não tem chamado para trabalhar diretamente com essas pessoas, você pode colaborar financeiramente e em oração por aqueles que têm feito o trabalho. Não seja indiferente e coloque-se como agente de uma transformação social. Podemos não conseguir ajudar todos, mas, certamente, seremos a ajuda esperada por alguém.
Bom dia Estranho essa informação estive aí na Argentina a uma semana, fiquei hospedado próximo essa localização, cheguei ver moradores de Rua, mas em um número muito pequeno.
Em relação a cidade de São Paulo, posso disser que nem existe.
Da até para comparar com uma cidade do interior.