Por Vander Lúcio Barbosa
Em que pese a importância da indústria e do comércio, em suas mais variadas vertentes na constituição da economia brasileira, o agronegócio é a bola da vez. E não há a necessidade de muitas explicações. A produção de alimentos, em diferentes fases da história, mostra que países que se dedicam a esta atividade, têm mais chances de se estabilizarem e, muito mais do que isso, de abrirem perspectivas para se consolidarem como nações importantes na logística humanitária. Por uma razão muito simples: não se vive sem comida e não se come sem se produzirem alimentos. Assim, os produtores de gêneros alimentícios, seja de que origem for, animal e/ou vegetal, além de trabalharem para a subsistência humana, garantem a si e aos seus, o direito à preservação da vida.
E, regiões de alta produtividade como é o caso de Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, estados tidos como os maiores produtores de comida no Brasil, seguem na liderança de unidades importantes da Federação. E, saber que o País poderia produzir mais, muito mais, do que produz, a depender de políticas acertadas como financiamentos da atividade, logística de distribuição, capacidade para se industrializarem, mais, seus produtos primários e a busca de mais escoamento para um mercado ávido por comida, principalmente depois da incidência da covid-19.
Os governos (Federal, estaduais e municipais) precisam acordar para esta realidade. Nunca foi tão oportuno para o Brasil deslanchar-se como grande centro produtor de alimentos em nível mundial. O mundo quer comprar alimentos e quem tiver para vender, por certo estará no caminho ideal para a independência econômica.
O Brasil é, hoje, o segundo maior exportador de alimentos, atrás, apenas, dos Estados Unidos. O campo fez a sua parte, e muito mais. O Brasil ampliou sua produção de grãos, por exemplo, em 500% nas últimas quatro décadas com um aumento de, apenas, 70% na área plantada, de acordo com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias.
Nos anos 70, o País, ainda, dependia de doações de organismos internacionais para nutrir adequadamente toda a população. No final daquela década, eram 37 milhões de hectares destinados à produção de grãos, de onde se colhiam, basicamente, 37 milhões de toneladas. Portanto, uma proporção de 1 X 1 (um milhão de toneladas para cada um milhão de hectares).
Nas mais recentes safras, foram mais de 250 milhões de toneladas de grãos em 63 milhões de hectares. Ou seja, essa proporção passou para quatro milhões de toneladas em cada milhão de hectares semeados. O Brasil hoje, produz comida suficiente para, estimados, um bilhão e setecentos milhões de pessoas, ou seja, um excedente de um bilhão e meio de toneladas. Goiás tem se destacado na produção de soja, proteínas animais (carnes de variadas espécies), milho, algodão e outros produtos do campo. E, há um mercado consumidor bem maior do que o atual, o que sinaliza para a importância de se aumentar a produtividade e, por conseguinte, faturar mais.
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