De acordo com dados do próprio Ministério da Justiça, no Brasil, cerca de 70 por cento dos casos de homicídio não são concluídos, ou seja, os autores não chegam a cumprir pena. Na maioria das vezes existe um autor, existe um inquérito e um processo. Mas, por conta dos recursos da Lei, a maioria acaba por deixar a cadeia e desaparece no mundo São os fugitivos clássicos. Grande parte termina seus dias de vida na impunidade, porque não é alcançada pelos serviços de captura.
Confira: O mal não dorme
Gente que cometeu crimes classificados como hediondos, mas que, por motivo variados, anda por aí, livre, leve e solta. Em um país de dimensões continentais, com leis permissivas, vários deles nem se dão ao cuidado de se esconderem, ou, se mudarem para outras regiões. Grande parte, por sinal, volta a delinquir. É o caso recente de Lázaro Barbosa, a atual “vedete” da crônica policial de crimes bárbaros. Mas, a ele não são atribuídos, apenas, os casos recentemente noticiados, como a chacina de uma família inteira no Distrito Federal. Antes ele já havia assassinado pessoas, estuprado mulheres, assaltado, atos pelos quais, inclusive, foi preso. Mas, ficou pouco tempo na cadeia. Fugiu e permaneceu na região onde foi criado, como se ignorasse que fosse um foragido da justiça. Deu no que deu… E, é lamentável dizer que outros “Lázaros” andam por aí, a cometerem crimes iguais e, até, piores do que os dele.
Independentemente do que seja o resultado da maior caçada a um fugitivo na história policial recente do Brasil, o caso “Lázaro Barbosa” chama todos à reflexão, embora já tenha se tonado objeto de piadas de mau gosto, de pilhéria, de gracejos na internet. Se não houver uma tomada de posição mais enérgica por parte dos 513 deputados, 81 senadores, mais um sem número de autoridades deste país com vistas a se reformularem as leis penais brasileiras, o “episódio Lázaro” será, apenas, mais um.